Públicos da cultura
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Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
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O "desejo de cultura" e as condições necessárias a realizá-lo na visitação a museus, salas de concerto, mega eventos ou festas populares, é tema que precisa ser visto para além das aparências e justificativas ingênuas como "não gosto", "não tenho tempo" e afins.
Por exemplo, é obrigatório desconfiar que as demandas de "exclusividade" nos meios eruditos é meio de desqualificar segmentos sociais que não dispõem de qualificações simbólicas para apreciá-los; é preciso convir que os interesses econômicos dos empresários culturais são na maioria dos casos a razão de ser da ampliação de públicos; é preciso lembrar que o atual "hipermercado mundial" de bens artísticos está integrando simultaneamente repertórios eruditos e populares de muitas procedências, mas sem conseguir desconfigurar de todo os preconceitos e as distâncias que sempre os caracterizaram.
Uma vasta tradição de estudo qualitativo e quantitativo hoje disponível permite associar as práticas culturais à história de vida do indivíduo, de sua família e de sua classe social.
Não por acaso, a França é o país onde mais e melhor se estuda tais fenômenos: afinal, é de lá que vem a melhor sociologia e foi lá que sua elite aristocrática por mais tempo refinou hábitos de vida de corte e estratégias de distinção social. Neste curso pretende-se discutir tais questões a luz das pesquisas sobre o tema.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom - Agencia Brasil CC BY 3.0 Wikimedia Commons)
Palestrantes
José Carlos Durand
Sociólogo, autor e editor de Política Cultural e Economia da Cultura (Ateliê/Sesc, 2013). Prefaciador de Economia da Cultura, de Françoise Benhamou (Ateliê Editorial, 2007). Professor da Pós-Graduação em Estudos Culturais da EACH-USP.
(Foto: Acervo Pessoal)
Bibliografia
FOSTER, Hal "Museus sem fim. Não param de surgir instituições de arte mundo afora. Mas para quê?". Revista Piauí, n. 105, junho 2015, pp. 26-28.
SANT'ANNA, Affonso Romano, "Abaixo a ditadura". Época, ed. 9/2/2004. Pp. 86-88.
DURAND, J.Carlos, "Formação de público na sociologia francesa: alguns conceitos instigantes". Revista do Observatório Itaú Cultural, 2016.
Colaborações ao número especial da Revista do Observatório Itaú Cultural, n. 12 (maio/agosto 2011) sob o título "Os públicos da cultura: desafios contemporâneos".
Data
23/06/2017 a 14/07/2017
Dias e Horários
Sextas, 19h30 às 21h30
As inscrições podem ser feitas a partir de 24 de maio às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.