Atividades

Abordagens de teoria social que considerem a questão racial, o<br />
racismo e a anti-negritude como estruturantes na organização da vida social<br />

Raça e cidade: branquidade e resistência

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Programa


O curso pretende apresentar algumas abordagens acerca da importância das relações raciais na vida social e na organização das cidades, com enfoque na literatura de/póscolonial. Iniciaremos por investigar como as relações sociais são racializadas e buscaremos entender a raça como constructo social. ??

Seguiremos investigando como o componente racial enquanto anti-negritude foi fundamental no colonialismo, na escravidão e na relação com a terra, instaurando desigualdades. Veremos como o colonialismo e o racismo tem se expressado nas cidades sob a forma da necropolítica e das remoções.

??Por fim, serão apresentadas outras epistemologias, isto é, modos de produzir conhecimento e de habitar a terra que desafiam a necropolítica, como o quilombismo e o afrofuturismo.


Programa??


1. Colonialismo, racismo e usurpação de terra?
Objetivo: Esclarecer a noção de raça como socialmente construída. Apresentar o racismo estrutural e as diferenças entre racismo, racialismo, anti-racismo e anti-racialismo. Esclarecer o colonialismo como um modo de um grupo de exercer o controle de terra ou de território que não o pertence, contra a vontade de seus moradores, que são usurpados de suas terras. Atentar à especificidade da plantation e do capitalismo: o escravo como propriedade, a terra como propriedade.??

2. A produção de "outros" e a necropolítica das remoções?
Objetivo: Apresentar o modo "orientalista" de produção de conhecimento: produzindo "Outros" que são definidos por suas ausências a partir de referenciais externos outorgados por aqueles que criam os "Outros". Atenção especial a como o Estado cria esses "Outros" para combater suas existências?via necropolítica.??

3. Quilombismo, movimento negro e afrofuturismo?
Objetivo: Apresentar como tanto quilombo quanto cortiço nasceram como nomeações estigmatizantes e subverteram o estigma pela atuação de pessoas negras, do movimento negro e de movimentos de luta por moradia. Apresentar reflexões atuais do feminismo negro e do afrofuturismo sobre a urgência de outra epistemologia.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.



Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, audiodescrição, entre outros, solicite por e-mail ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade. centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600

(Crédito: Divulgação)

Palestrantes

Stella Zagatto Paterniani

Stella Zagatto Paterniani

Doutora em Antropologia Social pela UnB, com período sanduíche na Universidade de Cape Town, na África do Sul. É mestra e graduada pela UNICAMP. Tem feito pesquisas com pessoas que lutam por um lugar para morar e se dedicado a pesquisar o racismo nas cidades e nos estudos urbanos; a branquidade; o pensamento negro; epistemologias negras e feministas e seus desafios a enquadramentos modernos; e o afrofuturismo.
(Foto: Acervo Pessoal)

Bibliografia

MOURA, Clóvis. Escravismo, colonialismo, imperialismo e racismo. Afro-Ásia (14), 1983.

FANON, F. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. Capítulo: "Da violência" (Sugestão de leitura: prefácio do Sarte, no mesmo livro)

ALMEIDA, Silvio. O que é racismo estrutural? São Paulo: Letramento, 2018.

BORGES, Antonádia. Terra (verbete). In: SANSONE, L; FURTADO, C. (orgs.) Dicionário crítico das ciências sociais dos países de língua oficial portuguesa. Salvador: EdUFBA, 2014.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Disponível em:
https://antropologiadeoutraforma.files.wordpress.com/2013/04/aime-cesaire-discurso-sobre-ocolonialismo.pdf

SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, [1978] 2003. Introdução.

ALVES, Jaime. From necropolis to blackpolis: necropolitical governance and black spatial praxis in São Paulo, Brazil. Antipode, vol. 46, n. 2, 2014. (há uma versão do texto em português)

MBEMBE, Achille. Necropolitics. Public Culture, 15 (1): 11-40, 2003.

ROLNIK, Raquel. Territórios negros nas cidades brasileiras (etnicidade e cidade em São Paulo e Rio de Janeiro). Revista de Estudos Afro-Asiáticos 17, CEAA.

Data

10/07/2019 a 24/07/2019

Dias e Horários

Quartas, 10h às 13h.

As inscrições podem ser feitas a partir de 27 de junho, às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

R$ 4,50 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 7,50 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 15,00 - inteira