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Seminário 3x22

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Seminário 3x22: 1822 - Independência: Memória e Historiografia

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Programa

Ao aproximarmos da efeméride dos 200 anos da Independência do Brasil, faz-se necessário focalizar a temática da Independência em perspectiva histórica, buscando discutir o seu lugar na memória social e na produção dos historiadores, no passado e no presente.

Os pesquisadores convidados para o Seminário 1822: Independência, Memória e Historiografia procurarão refletir sobre momentos de comemoração da independência, como o centenário (1922) e o sesquicentenário (1972) em que a data foi objeto de disputas no plano da memória e da escrita da história, ao memo tempo em que buscam apresentar e discutir algumas linhas de força do debate historiográfico atual sobre a Independência do Brasil, vinculando-as às inquietações e problemáticas que emergem do nosso presente.

Pensar a presente comemoração, nessa perspectiva, coloca em tela a questão do futuro da memória da independência, tanto no tocante aos seus lugares tradicionais (museus, arquivos) como nos novos espaços que têm abrigado os modos de produção e divulgação de conteúdos históricos na esfera pública, inclusive e, sobretudo, os meios digitais.

Coordenado pela Profa. Dra. Wilma Peres Costa (Unifesp) e pelo Prof. Dr. Télio Cravo (Pós-doutorando Unifesp e Biblioteca Brasiliana Mindlin) o seminário compõe o projeto 3 vezes 22, em parceria com a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin e a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP.



Programação:

24/5 – Segunda - 18h às 21h.
Mesa 1 – Ecos da Independência
         
      
O objetivo dessa mesa é problematizar os distintos momentos das comemorações da Independência no século XIX e XX, em que memória e identidade nacional aliaram-se à narrativa de construção do Estado-nação, apontando as disputas de narrativa que buscaram articular o passado e o presente. Além de, discutir como as relações de poder, ideias políticas e ações do estado em torno das comemorações/rememorações da Independência convivem com essas disputas, reverberando sobre os modos de pensar o conhecimento histórico e os impasses conjunturais do presente.

Heloisa Starling (UFMG) - Ideias republicanas na era da Independência;

Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG) As comemorações cívicas da ditadura, construindo o nacionalismo autoritário;

Carlos Rogério Lima Júnior (USP)A Independência negociada com os artistas: Afonso Taunay, o Museu Paulista e a fabricação das imagens para 1922;

Wlamyra Albuquerque (UFBA)E se as ruas verde amarelas forem negras?Conflitos e celebrações da Independência na Bahia.

Mediador: Wilma Peres (Unifesp).



25/5 – Terça – 18h às 21h.
Mesa 2- O Futuro da Memória da Independência
     
      Debater e apresentar o lugar da memória, sem perder de vista a ambiguidade presente na sociedade contemporânea: a busca de sentimento de pertencimento ao passado, mas, ao mesmo tempo, assentada no imediatismo. Neste espectro contemporâneo da controvérsia entre história e memória, articula-se reflexão sobre o lugar das instituições arquivísticas e respectivos acervos e da história pública em torno do futuro da memória da Independência. Refletir sobre a história e memória como duas noções centrais do ofício do historiador exige debater o papel de ambas na elaboração de eventos do passado. Os limites entre o papel dos historiadores, da justiça, do dever de memória e da liberdade de interpretação da pesquisa histórica e das concepções não acadêmicas da Independência do Brasil.

Paulo Garcez Marins (USP)Memórias da Independência: contrastes em exposição no Novo Museu do Ipiranga;

Fernando Nicolazzi (LUPPA/UFRGS)A pátria resgatada: culturas de passado e memórias públicas em torno da Independência;

Renato Pinto Venâncio (UFMG) - Independência, documentos de arquivo e políticas da memória;

Jurandir Malerba (UFRS)A Independência, em síntese. Sobre um exercício de escrita histórica;

Lucia Bastos Pereira das Neves (UERJ)Para além dos grandes vultos: rastros de personagens comuns como novas fontes para a abordagem das Independências do Brasil.

Mediador:  Carlos Rogério Lima Júnior (USP).



26/5 – Quarta - 18h às 21h.

Mesa 3 - Conexões
         
       Evidenciar abordagens recentes sobre a Independência, favorecendo abrangências que ressaltem o tempo compartilhado da crise do antigo regime e as polissemias, transferências e conexões, que vinham sendo ignoradas ou minimizadas pelos recortes típicos da história nacional. Entre outros temas, tratará das disputas e projetos em torno do tráfico africano de escravos e do futuro do escravismo; das conexões do constitucionalismo no mundo Ibérico e nas Américas e da circulação de saberes e práticas na era das revoluções.

Wilma Peres Costa (UNIFESP) - Do Reino Unido ao Império nos trópicos: mosaicos, molduras, prismas;

João Paulo Garrido Pimenta (USP)A Independência do Brasil em 1825: espaços de experiência entre Europas, Áfricas e Américas;

Tâmis Parron (UFF)Escravidão e conceitos políticos fundamentais do regime representativo: representação, cidadania, soberania, c. 1776-1830;

Andréa Slemian (UNIFESP) - Independência e constituição: que sujeitos? que direitos?

Mediador: Cláudia Chaves (UFOP).



27/5 – Quinta - 18h às 21h.

Mesa 4 – Espaços e Fronteiras
         
       Propõe-se discutir aspectos da passagem de um “Império do Brasil”, uma parte constitutiva de um todo, a Monarquia portuguesa, a outro “Império do Brasil”, um todo constituído por províncias, no passado partes da América portuguesa. Nesta perspectiva, centra-se na dimensão histórica da ideia de Império e seus entrelaçamentos com o Atlântico Sul, que se configurava em um só espaço, unindo o Brasil à Angola e também as implicações da noção de fronteira natural do Rio da Prata. Pretende-se debater sobre os processos de significação do território que herdaram elementos políticos, culturais, institucionais e simbólicos das estruturas coloniais e que foram transfigurados pela ruptura da Independência e por circunstâncias específicas.

Cláudia Chaves (UFOP) - As praças de comércio: ordem liberal e persistências do Antigo Regime;

Fabrício Prado (College of William and Mary) – Expansionismo e Crise: A Independência do Brasil e a Província Cisplatina (1808-1828);

Roquinaldo Ferreira (University of Pennsylvania) - Nossas províncias africanas: impactos da Independência do Brasil em Angola (Luanda e Benguela);

Telio Cravo (UNIFESP)Independência e Império para dentro: tramas da lógica territorial nos impasses da construção da unidade política.

Mediador: Andréa Slemian (Unifesp).



28/5 – Sexta – 18 às 21h

Mesa 5 – Dimensões da Liberdade na Construção da Nação
         
       Explorar as novas linhas de pesquisa que enfocam a presença popular nos eventos e disputas do período Independência, tematizando as estratégias de controle de escravizados e libertos, boçais e ladinos, indígenas forçados ao trabalho, bem como suas expectativas e modos de resistência. Sublinha-se a tensão entre a língua nacional e as práticas de comunicação lingüística travadas por escravos e africanos, assim como as formas de sociabilidade e experie?ncias culturais de cidadania das milícias armadas, a ambiguidade e limites da liberdade dos africanos livres e do trabalho compulsório de indígenas.

Ivana Stolze Lima (Fundação Casa de Rui Barbosa - FCRB)Vozes africanas no lado avesso da Independência e da língua nacional;

Beatriz Mamigonian (UFSC) - Africanos livres, trabalho compulsório e cidadania no contexto da Independência do Brasil;

André Machado (UNIFESP)Interpretações e alinhamentos dos povos indígenas na era das revoluções atlânticas;

Adriana Barreto de Souza (UFRRJ)De desqualificados a honrosos cidadãos: o exército de d. Pedro às vésperas da Independência (Rio de Janeiro, 1821-1822).

Mediador: Télio Cravo (Unifesp).

Obs: O participante precisa ter celular e computador e conhecer os princípios básicos para uso desses equipamentos. Após a conclusão da sua inscrição on-line na atividade e/ ou curso, você receberá por e-mail um link de acesso à Plataforma Zoom, onde será realizada a atividade e/ou curso, com até 1 (um) dia de antecedência da data de início. O acesso também poderá ser realizado através do web navegador de sua preferência.

As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 28/4, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.

O pagamento dever ser feito através do cartão de crédito, e trabalhamos com as bandeiras Visa, Mastercard, Elo e Hipercard.

*Este curso será 100% Online. A declaração será enviada automaticamente 1 dia após a finalização da atividade e caso isso não ocorra, você poderá solicitar pelo e-mail: declaracao.cpf@sescsp.org.br

(Arte: Walter Cruz)

Palestrantes

Adriana Barreto de Souza

Adriana Barreto de Souza

Professora associada do Departamento de História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), com pós-doutorado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS/UL - 2020) e na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, 2015-2016).
(Foto: Acervo Pessoal)

André Machado

André Machado

Professor do Departamento de História da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). É doutor em História Social pela USP (2006), mesma universidade em que se graduou (2001). Realizou estágios de pesquisa (pós-doutorado) no CEBRAP, entre 2007 e 2009, na Brown University e na Harvard University, ambas nos Estados Unidos, entre 2019 e 2020.
(Foto: Acervo Pessoal)

Andréa Slemian

Andréa Slemian

Historiadora, docente do departamento de História da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), editora da Revista Almanack. Especialista em história do Brasil entre os séculos XVIII e XIX, com ênfase nos temas de justiça, tribunais e direitos.
(Foto: Acervo Pessoal)

Beatriz Mamigonian

Beatriz Mamigonian

Doutora em História pela Universidade de Waterloo, no Canadá e professora titular do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É também pesquisadora do CNPq. Pesquisa e publica nas áreas de História do Brasil e História Moderna e Contemporânea, com ênfase na abolição do tráfico de escravos e nas transformações da escravidão e do trabalho compulsório no século XIX.
(Foto: Acervo Pessoal)

Carlos Lima Junior

Carlos Lima Junior

Doutor em Estética e História da Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (USP), com estágio de pesquisa pela Université de Bourgogne (França), sob financiamento da FAPESP.
(Foto: Acervo Pessoal)

Cláudia Maria das Graças Chaves

Cláudia Maria das Graças Chaves

Professora Associada do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Atua nas áreas de História do Brasil (Colônia e Império: século XVIII e XIX). Atualmente é vice editora chefe da Revista Almanack. Especialista em História da África, Atlântico e Brasil.
(Foto: Acervo Pessoal)

Fabrício Prado

Fabrício Prado

Professor de História da América Latina e História do Mundo Atlântico no College of William and Mary (USA). Prado recebeu seu doutorado pela Emory University e foi parte da Classe de 2008 do International Seminar on the History of the Atlantic World de Harvard University.
(Foto: Acervo Pessoal)

Fernando Nicolazzi

Fernando Nicolazzi

Graduado em história pela UFPR, com mestrado e doutorado pela UFRGS, é professor do Departamento de História da UFRGS, membro do Programa de Pós-Graduação em História e do Mestrado Profissional em Ensino da História, ambos da UFRGS. É pesquisador do CNPq e coordenador do Laboratório de Estudos sobre os Usos Políticos do Passado/LUPPA.
(Foto: Acervo Pessoal)

Heloisa Starling

Heloisa Starling

Historiadora, cientista política e professora titular-livre da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É autora de Os senhores das Gerais (1986), Lembranças do Brasil (1999), Brasil: Uma biografia (2015), com Lilia Moritz Schwarcz, República e democracia: Impasses do Brasil contemporâneo (2017) e Ser republicano no Brasil colônia (2018), entre outros
(Foto: Acervo Pessoal
)

Ivana Stolze Lima

Ivana Stolze Lima

Pesquisadora titular da Fundação Casa de Rui Barbosa, bolsista PQ 2-CNPq. É doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pós-doutora pelo Program of African Studies, Northwestern University. É mestre em História Social da Cultura Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Entre 2005 e 2010, coordenou o Programa de Iniciação Científica da Fundação Casa de Rui Barbosa.
(Foto: Acervo. Pessoal)

João Paulo Pimenta

João Paulo Pimenta

Professor do Departamento de História da USP, foi professor visitante de universidades no México, Espanha, Uruguai, Equador e Chile. Especialista em história do Brasil e da América dos séculos XVIII e XIX. Obras: O Livro do tempo: uma história social (Edições 70, 2021) e Independência do Brasil (Contexto, 2022).
(Foto: Acervo Pessoal)

Jurandir Malerba

Jurandir Malerba

Professor Titular Livre da UFRGS; foi professor visitante nas universidades de Oxford (Inglaterra) e Georgetown (EUA), tendo inaugurado a Cátedra Sérgio Buarque de Holanda de Estudos Brasileiros da Universidade Livre de Berlim (2012/3).
(Foto: Acervo Pessoal)

Lucia Bastos

Lucia Bastos

Doutora em História pela Universidade de São Paulo (1992). Professora Titular de História Moderna na UERJ. Pesquisadora do Programa Prociência da UERJ, bolsista 1A do CNPq. Bolsista “Cientista do Nosso Estado” da Faperj. Sócia Honorária do IHGB. Coordenadora principal do Projeto Pronex FAPERJ/ CNPq Os Caminhos da Política (2017 aos dias atuais).
(Foto: Acervo Pessoal)

Paulo César Garcez Marins

Paulo César Garcez Marins

Historiador, Doutor em História Social pela USP, docente do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, instituição em que chefia o Departamento de Acervo e Curadoria. Orientador dos Programas de Pós-graduação em Museologia e em Arquitetura e Urbanismo da USP.
(Foto: Acervo Pessoal)

Renato Pinto Venâncio

Renato Pinto Venâncio

Doutor em História pela Universidade de Paris IV - Sorbonne (1993) e pós-doutor pela Universidade de São Paulo (2005). É professor na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi diretor do Arquivo Público Mineiro (2005-2008). Atuou, entre 2007-2008, como Consultor Científico da UNESCO, no Comitê Nacional Memória do Mundo e também foi membro da Seção Brasileira da Comissão Luso-Brasileira para Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental - COLUSO-Conarq/Arquivo Nacional (2006-2008).
(Foto: Acervo Pessoal)

Rodrigo Patto Sá Motta

Rodrigo Patto Sá Motta

Doutor em História pela USP, professor Titular do Departamento de História da UFMG e pesquisador 1D do CNPq. Atuou como professor visitante na Universidade de Paris III, Universidade de Santiago do Chile, Universidade Nacional da Colômbia e Universidade Nacional de Rosario, entre outras.
(Foto: Acervo Pessoal)

Roquinaldo Ferreira

Roquinaldo Ferreira

PhD pela University of California at Los Angeles (UCLA). Atualmente, ocupa a Henry Charles Lea Professor da University of Pennsylvania, onde leciona História da África. Atuou como professor na University of Virginia (2005-2012) e na University of Pennsylvania, sendo diretor associado do Center for the Study of Slavery and Justice (CSSJ).

Tâmis Parron

Tâmis Parron

Professor pesquisador do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), coordena o Núcleo de História Comparada Mundial (COMMUN, UFF) e é membro do Centro UFF sobre Desigualdades Globais.
(Foto: Fernanda Luciani)

Télio Cravo

Télio Cravo

Pós-doutorando em História pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador-residente da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM-USP). Obteve doutoramento em História Econômica pelo Instituto de Economia da Unicamp. É mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).
(Foto: Acervo Pessoal)

Wilma Peres Costa

Wilma Peres Costa

Historiadora, tendo feito sua formação na Universidade Estadual Paulista, na Universidade de São Paulo e na Universidade Estadual de Campinas, com estágios de pesquisa no University College London e na École des Hautes Études des Sciences Sociales (Paris). Atualmente, é docente da Universidade Federal de São Paulo, na área de Brasil Império.  Desenvolve pesquisa sobre o século XIX, com Auxílio Pesquisa FAPESP e é pesquisadora com Bolsa de Produtividade CNPq.
(Foto: Acervo Pessoal)

Wlamyra Albuquerque

Wlamyra Albuquerque

Professora de História  do Brasil do departamento de História ( UFBa). É doutora em História Social ( Unicamp), bolsista Produtividade CNPq, Tinker Visiting Professor UChicago ( março -junho 2022). e bolsista Fulbright Cátedra Ruth Cardoso Georgetown-USA ( agosto-dez 2022).
(Foto: 
Adilton Venegeroles)

Data

24/05/2021 a 28/05/2021

Dias e Horários

Segunda a Sexta, 18h às 21h.

Curso 100% online

Inscrições a partir das 14h do dia 28/4, até o dia 20/5.
Enquanto houver vagas

Local

Em Casa

Valores

R$ 18,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 30,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 60,00 - inteira