Atividades

Quais interpretações possíveis para o turismo em favelas pela perspectiva do Paradigma das Novas Mobilidades?

Turismo de Base Comunitária em Favelas

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Programa

Historicamente elaboradas como áreas de risco, pobres e violentas, entre os anos 90 e 2000, as favelas do Rio de Janeiro passaram a ser elaboradas também como turísticas. Se em um primeiro momento, as visitas foram consideradas polêmicas e apelidadas de "safari da pobreza" ou "zoológico de pobres"; mais tarde, o Estado passou a reconhecer essas áreas como atrativos e estimular a comercialização das favelas, em especial, no contexto dos megaeventos. Neste sentido, o turismo tornou-se uma política pública que acompanhou outros programas governamentais.

Ao mesmo tempo que se espalhou, esse turismo especializou-se e diferenciou-se. O turista passou a encontrar as mais diversas experiências em favelas, desde a gastronomia local, museus, galeria de arte, albergues e hospedagens mais luxuosas, até às festas e a volta de seletos bailes funk, que passaram a reunir cariocas e turistas em espaços mais elitizados e caros. Algumas favelas passaram a ver nessa expansão/transformação um problema.

A valorização econômica da favela passou a atingir aqueles que não conseguiam mais se manter neste local e acompanhar as mudanças. Apareceram os mais diversos movimentos de resistência, desde aqueles que vão contra o turismo em favelas, aos que querem fazer parte, mas a seu modo. Neste contexto, propostas de turismo de base comunitária ganharam força no discurso local como alternativa ao turismo de massa.

Diante deste breve histórico e tendo como referencial teórico o Paradigma das Novas Mobilidades (Sheller e Urry, 2006, 2016) e o fenômeno da traveling favela (Freire-Medeiros, 2013), a proposta deste curso é prover uma compreensão do turismo de base comunitária em favelas, a partir de casos empíricos, abordando os efeitos, dilemas, desafios e perspectivas futuras de grupos de moradores engajados no turismo em favelas no Rio de Janeiro e em São Paulo.
 
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600

Palestrantes

Camila Moraes

Camila Moraes

Professora do Departamento de Turismo e Patrimônio da UNIRIO. Doutoranda do Programa de Pós Graduação em História, Política e Bens Culturais do CPDOC/FGV-RJ. Mestre em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UERJ. Coordenadora do Projeto de Pesquisa Observatório do Turismo de Favela, do Projeto de Extensão Museu, Turismo e Ação Mutação e Líder do Grupos de Estudos em Turismo e Sociedade.

Data

02/10/2017 a 07/10/2017

Dias e Horários

Segunda e Quinta, 19h às 21h30

Sábado, 10h às 14h

As inscrições podem ser feitas a partir de 27 de setembro às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

Grátis