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Seminário Internacional: Vetores do Sul - Mario Pedrosa, crítica, arte e política na América Latina

Curso Híbrido
Vetores do Sul: Mario Pedrosa, crítica, arte e política na América Latina

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Programa

Seminário Internacional organizado pela Plataforma Mario Pedrosa, em parceria com o Centro de Pesquisa e Formação do SESC (em formato híbrido) que reúne pela primeira vez pesquisadores/as, críticos/as e curadores/as de diferentes países para debater a contribuição do crítico de arte Mario Pedrosa no contexto latino-americano, a partir da identificação de seus principais interlocutores e das instituições com as quais colaborou ativamente em diferentes contextos, em especial em seu último exílio, período compreendido entre 1970 e 1977, quando viveu no Chile e na França, e também nos anos que se seguiram a seu regresso ao Brasil, quando houve também o retorno de inúmeros exilados políticos ao país.

PROGRAMAÇÃO

15 de agosto (Presencial) 
15h - 16h - Abertura  
Izabela Pucu e Luiza Mader - Plataforma Mario Pedrosa atual
Juliana Braga – Gerência de Artes Visuais do SESC-SP

16h - 18h30 - Sistema de arte, anticolonialismo e democracia. 
Mário Pedrosa atuou diretamente na criação e na gestão de iniciativas essenciais para a consolidação das instituições culturais brasileiras, ao longo de mais de quatro décadas. Foram jornais, museus, escolas, exposições e bienais, todavia, suas ideias revolucionárias nem sempre foram assimiladas pelo circuito artístico, tampouco pela máquina estatal, historicamente conservadora, resultando em uma série de projetos inconclusos. É possível afirmar que essas iniciativas, mesmo as que não saíram do papel, de certa forma, antecipam inúmeras pautas anticoloniais e antirracistas que integram os principais debates do campo da arte nos últimos anos. Sob essa perspectiva, é válido trazer à luz a dimensão pública e democrática sobre a qual o autor se apoiou, para compreender a atualidade e a relevância do seu pensamento crítico e museal instituinte.

Bienal de 1961 e a contribuição de Pedrosa 
Glaucia Villas Bôas (Brasil) 
Alegria de Viver, Alegria de Criar 
Patrícia Corrêa (Brasil) 
Museu das origens: imaginação instituinte e crítica 
Izabela Pucu (Brasil) 
Debatedor 
Tálisson Melo (Brasil) 
 
16 de agosto (Presencial) 
16h - 18h30 - Mário Pedrosa e a crítica de arte latino-americana: confluências e divergências. 
Embora a obra de Mário Pedrosa seja objeto de inúmeras pesquisas e interpretações, ainda há poucos estudos focados na atuação do crítico na América Latina. Sob esse ângulo, é relevante situar a obra do autor à luz do pensamento vanguardista forjado por críticos e intelectuais latino-americanos, ao longo do século XX. A mesa debate sobre os possíveis pontos de interlocução e de divergências entre Pedrosa e autores de distintas filiações estéticas e políticas, como os peruanos José Carlos Mariátegui e Juan Acha, e a argentina-colombiana Marta Traba. 
 
Mario Pedrosa e José Carlos Mariátegui 
Everaldo Andrade (Brasil) 
Mario Pedrosa e Marta Traba 
Eustáquio Ornelas Cota Jr. (Brasil) 
Mario Pedrosa e Juan Acha 
Joaquin Barriendos (México) - online 
Debatedor 
Francisco Alambert (Brasil) 
 
18h30 - 20h30 - Mario Pedrosa, Rosa Luxemburgo e uma política latinoamericana. 
Durante seu exílio em Paris, entre 1973 e 1977, Pedrosa retoma o pensamento de Rosa Luxemburgo, sobre o qual ele já havia se debruçado na década de 1940, o que resultou no livro "A crise mundial do imperialismo e Rosa Luxemburgo", publicado em 1979. No livro Pedrosa analisa o quadro geral da crise do capitalismo sob a perspectiva da autora, que já introduzia no início do século XX a dinâmica centro-periferia e apontava a conquista de mercados e a exploração em economias perife?ricas do mundo como resultado do esgotamento interno do capitalismo nos países desenvolvidos, fundamental aos debates sobre a condição da Ame?rica Latina ao longo da década de 1970. 
 
Isabel Loureiro (Brasil) 
Dainis Karepovs (Brasil) 
Debatedora 
Juliana Alves (Brasil) 
 
17 de agosto (Online) 
16h - 18h30 - Redes políticas e artísticas na América Latina. 
Ao se exilar no Chile, durante o governo de Salvador Allende, Mário Pedrosa foi convidado a integrar diversas iniciativas culturais associadas à Unidade Popular. Dentre as atuações, vinculou-se ao corpo docente do Instituto de Arte Latino-Americana, entidade crucial para o fomento da arte regional, além de acompanhar as cooperativas de artesanato e, em especial, dirigir o Museu da Solidariedade. Essa instituição, formada exclusivamente por obras doadas, foi o empreendimento mais importante do governo popular, no entanto o museu inseriu-se em um programa cultural e político mais amplo, sendo necessário compreender o contexto geral no qual Pedrosa filiou-se. O desterro chileno favoreceu a sedimentação de uma rede de intercâmbios artísticos e teóricos, além de promover um movimento coletivo e revolucionário para as artes. 
 
Museu da Solidariedade e o CISAC 
Lucy Quezada (Chile) 
A contribuição de Mário Pedrosa no exílio chileno 
Luiza Mader (Brasil) 
Redes de arte revolucionária: o polo cultural entre Chile e Cuba, 1970-1973 
Mariana Marchesi (Argentina) 
Debatedor 
André Leal (Brasil) 
 
18h30 - 20h30 - Depoimento sobre as práticas artísticas durante a Unidade Popular e no exílio. 
A conversa entre as chilenas Cecília Vicuña, poetisa e artista seminal para a arte latinoamericana, e a pesquisadora Paulina Varas, resgata experiências de solidariedade, ação direta e comunitária durante o governo popular de Salvador Allende e, na condição de exílio, a exemplo do movimento Artists for Democracy, após o golpe brutal de Augusto Pinochet. O testemunho de quem presenciou e contribuiu para a aproximação efetiva entre arte e política, no passado e no presente, nos indica modos fraternos de projetar um futuro de democracia plena e compartilhada, tal como almejou Mário Pedrosa, afinal, arte e revolução sempre foram vasos comunicantes. 
 
Cecilia Vicuña (Chile) 
Debatedora 
Paulina Varas (Chile) 
 
Recomendamos o uso de máscara cobrindo nariz e boca.
 
Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, solicite pelo e-mail centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br, após a conclusão e efetivação do pagamento da sua inscrição, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
 
As inscrições podem ser feitas a partir das 14h do dia 27/6 no site do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc ou presencialmente em qualquer unidade do Sesc São Paulo. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. O cadastro é pessoal e intransferível.
 
Ao término do curso, você poderá solicitar sua declaração de participação pelo e-mail declaracao.cpf@sescsp.org.br
A declaração será encaminhada em até 30 dias
 
O cancelamento poderá ser realizado com até 48 horas antes do início da atividade, por email: centrodepesquisa.cpf@sescsp.org.br

(Arte: Juliana Alves)

Palestrantes

Francisco Alambert

Francisco Alambert

Doutor em História pela USP, onde leciona História Social da Arte e História Contemporânea. Historiador e crítico de arte. É autor de vários livros, incluindo A Semana de 22: a aventura modernista no Brasil (1992), As bienais de São Paulo da era do Museu à era dos curadores (1951-2001).
(Foto: Acervo pessoal)

Glaucia Villas Bôas

Glaucia Villas Bôas

Professora titular aposentada da UFRJ. Integra o colegiado do PPG em Sociologia e Antropologia da UFRJ. Lançou o livro Forma Privilegiada. A Arte concreta no Rio de Janeiro de 1946 a 1959 (7Letras, 2022), e aguarda no prelo "Mário Pedrosa, crítico de Arte e da Modernidade" (Editora da UFRJ, 2023).
(Foto: Acervo Pessoal)

Izabela Pucu

Izabela Pucu

Pesquisadora e curadora. Coordenadora geral da Plataforma Mário Pedrosa atual. Doutora em História e Crítica da Arte PPGAV/EBA/UFRJ. Vencedora do prêmio Jabuti 2020, categoria Artes. Co-organizadora dos livros "Mário Pedrosa atual" (MAR 2019). Pesquisadora do livro "Mario Pedrosa: primary texts" (MoMA, 2016 org. Glória Ferreira e Paulo Herkenhoff)a.
(Foto: Acervo Pessoal)

Juliana Alves

Juliana Alves

Mestranda em Ciência Política na UNICAMP, desenvolve pesquisa na área de História do Pensamento Político. Graduada em Ciências Sociais pela USP.
(Foto: Acervo Pessoal)

Luiza Mader Paladino

Luiza Mader Paladino

Doutora e mestra em teoria e história da arte pela USP. Seu doutorado foi premiado na 1ª edição do Prêmio CBHA de teses em história da arte. É professora do Instituto Federal de Brasília. Coordenadora da Plataforma Mário Pedrosa atual..
(Foto: Acervo Pessoal)

Juliana Braga

Juliana Braga

Gerente da Gerência de Artes Visuais e Tecnologia do Sesc São Paulo.
Possui gradução em História e especialização em Museologia, ambas pela USP, e mestrado em Políticas Públicas pela FGV/SP.
(Foto: Acervo Pessoal)

Tálisson Melo

Tálisson Melo

Curador, pesquisador e professor. Pós-doutorando no Instituto de Estudos Brasileiros da USP. Doutor em sociologia e antropologia pela UFRJ, com estágio de pesquisa na Yale University, EUA. Mestre e bacharel em artes pela UFJF, com concentração em história da arte na Universidad de Salamanca, Espanha.
(Foto: Acervo Pessoal)

Everaldo de Oliveira Andrade

Everaldo de Oliveira Andrade

Professor de História Contemporânea do departamento de História e diretor do Centro de Pesquisas Históricas Sérgio Buarque de Holanda da FFLCH/USP. Membro do Conselho curador da fundação Perseu Abramo e do Conselho da Anpuh-SP.
(Foto: Acervo Pessoal)

Paulina Varas

Paulina Varas

Doutora em história e teoria da arte. Curadora e pesquisadora. Professora da Universidade Andrés Bello. Membro da RedCsur. Pesquisa e escreve sobre as relações entre arte, política e feminismo, a partir das quais publicou livros e artigos.
(Foto: Acervo Pessoal)

Isabel Loureiro

Isabel Loureiro

Professora aposentada do Departamento de Filosofia da UNESP, autora de Rosa Luxemburg - os dilemas da ação revolucionária (Editora UNESP, 2019) e A Revolução Alemã 1918-1923 (Editora UNESP, 2020). Atualmente colabora com a Fundação Rosa Luxemburgo em São Paulo e com a Escola Nacional Florestan Fernandes.
(Foto: Acervo Pessoal)

Lucy Quezada Yáñez

Lucy Quezada Yáñez

Historiadora da arte, licenciada e mestre em Teoria e História da Arte pela Universidade do Chile. Atualmente é doutoranda em História da Arte pela Universidade do Texas, em Austin (Bolsista ANID – Fulbright).
(Foto: Acervo Pessoal)

Cecilia Vicuña

Cecilia Vicuña

Artista plástica, poetisa, cineasta e ativista radicada em Nova York. Recebeu o Leão de Ouro pelo conjunto da obra na 59ª Bienal de Veneza, em 2022. Em 2023, foi eleita Membro Honorário Estrangeiro da Academia de Artes e Letras dos Estados Unidos e nomeada Doutora Honoris Causa pela Universidade do Chile.
(Foto de Daniela Aravena)

Patricia Corrêa

Patricia Corrêa

Doutora em História pela PUC-RJ, com estágio na Tisch School of Arts da New York University e especialização em História da Arte e da Arquitetura pela Universidad Politécnica de Cataluña. É professora associada do Departamento de História e Teoria da Arte na EBA-UFRJ e vinculada a seu PPG em Artes Visuais.
(Foto: Acervo Pessoal)

Eustáquio Ornelas Cota Jr

Eustáquio Ornelas Cota Jr

Doutor e mestre em História Social pela USP. Desenvolve trabalhos de pesquisa na interface entre arte, cultura e poder nas Américas. Membro do Laboratório de Estudos de História das Américas e autor do livro A formação da coleção latino-americana do MoMA: arte, cultura e política (1931-1943).
(Foto: Acervo Pessoal)

Dainis Karepovs

Dainis Karepovs

Mestre e doutor em História pela FFLCH-USP, com pós-doutorado em História realizado no IFCH-UNICAMP. Coautor, com Fulvio Abramo, de "Na Contracorrente da História" (Sundermann, 2015) e autor de "Pas de politique Mariô! Mario Pedrosa e a política" (Ateliê; Editora da Fundação Perseu Abramo, 2017).
(Foto: Acervo Pessoal)

André Leal

André Leal

Mestre e doutor em Linguagens Visuais (PPGAV/EBA/UFRJ). Atualmente é pesquisador de pós-doutorado na UFRJ, investigando práticas artísticas contemporâneas e a emergência climática. Atua como crítico e curador independente e é membro da Red de Investigadores do Museo de la Solidaridad Salvador Allende.
(Foto: Acervo Pessoal)

Mariana Marchesi

Mariana Marchesi

Historiadora de arte e curadora. Atualmente é Diretora Artística do Museu Nacional de Belas Artes (Buenos Aires) e presidenta do Centro Argentino de Pesquisadores de Arte (CAIA).
(Foto: Acervo Pessoal)

Joaquín Barriendos

Joaquín Barriendos

Pesquisador do Instituto Nacional de Belas Artes do México-Conacyt. Doutor em História da Arte pela Universidade de Barcelona. É autor de vários livros, incluindo Archivos Fuera de Lugar (2018), Juan Acha. Despertar Revolucionario (2017) e Geoestética e Transculturalidade (2007).
(Foto: Acervo Pessoal)

Data

15/08/2023 a 17/08/2023

Dias e Horários

Presencial
Terça, 15h às 18h30;
Quarta, 16h às 20h30;

Online
Quinta, 16h às 20h30

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

R$ 18,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 30,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 60,00 - inteira

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