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Violão e Identidade Cultural na América Latina: o caso peruano

Programa

No Peru, o violão possibilitou uma série de reivindicações identitárias que se manifestaram (e ainda se manifestam) nas formas de técnicas instrumentais, gramáticas folclóricas e habilidades empiricamente forjadas, do séc. XVIII em diante, tanto em Lima como em Cusco e em paralelo ao crescente adensamento populacional dessas cidades do Vice-reino do Peru.

No devir dos acontecimentos geopolíticos independentistas, o instrumento foi capaz de agenciar a tradição ibérica dos cordofones dedilhados como também encontrar outras possibilidades idiomáticas que, a partir da década de 1950, encontraram vazão na indústria discográfica local, responsável por criar os dois tropos violonísticos mais populares até o momento: o violão da costa e o violão andino.

Além destes, é possível ampliar a compreensão de um violonismo peruano a partir da sua interação com outros instrumentos, no diverso habitat organológico das práticas musicais desse país.

Palestrantes

Fernando Elias Llanos

Professor adjunto da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (EMAC-UFG). Doutor em Musicologia pela ECA-USP e mestre em Etnomusicologia pelo IA-Unesp, realizou seu pós-doutoramento no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
(Foto: Acervo Pessoal)