A arte de contar histórias

Nas profundezas das palavras e de imagens, está a poderosa linguagem metafórica dos contos tradicionais, guardam-se tesouros que permanecem atuais e atuantes tendo o poder de alimentar o homem de hoje. Falando de questões essenciais da vida numa linguagem simbólica, trazem referências significativas para seu aprimoramento. Esta potência e ação não residem somente na força das histórias. A relação estabelecida entre contador e ouvinte no espaço-tempo em que a ação de contar e ouvir acontece, também realiza um papel fundamental no exercício desta forma milenar e afetiva de comunicação, expressão e transmissão de saberes.

Para investigar os significados desta arte presente na tradição de tantos povos da Terra, assim como as experiências valorosas que pode propiciar ao ser humano de hoje, nada melhor do que se entregar à escuta de narrativas que revelam aventuras de contadores e contadoras no exercício de seu ofício. 

Ao longo destes encontros, acompanhando os passos de Sherazade, Mãe dos Contos, Mãe Águia, Fátima a fiandeira, Ifá e outras personagens, vivenciam-se os encantos desta forma singular e afetiva de comunicação, expressão e transmissão da sabedoria.  Tocada pela luz dos contos, a reflexão desabrocha do lugar que as histórias tocam: o coração.   Exercícios expressivos e lúdicos ampliam a percepção e possibilitam o compartilhamento entre participantes. Conversas e leituras trazem fundamentos.

Neste percurso entra-se em contato com algumas chaves ou elementos da arte de contar histórias: experiência e sabedoria; imagens e imaginário; palavra, fala e escuta; encontro; maravilhamento; ludicidade; cura e transformação; reverência.  Ao nutrir estas dimensões do ser, essenciais tanto a criança como ao adulto, o gesto de contar e ouvir história se revela como uma experiência preciosa podendo acontecer em casa, na escola, em instituições de cultura, saúde, lazer, empresas, entre tantos outros.

O curso busca propiciar um caminho de descoberta e reflexão de alguns elementos da arte de contar histórias e como ainda fazem sentido em nosso tempo.

Haverá tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais).

(Foto: Obra Aldeia Fogo, Tininha Calazans)

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