Atividades

A arte brasileira de vanguarda: autonomia e afirmação cultural

A arte de vanguarda e a crítica de arte no Brasil (1950/1970)

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Programa

A arte brasileira de vanguarda dos anos 1960/70 caracteriza-se por uma profunda experimentação de linguagem e técnica e por um amplo questionamento de noções que haviam sido capitais para a arte moderna. Se Lygia Clark e Hélio Oiticica, figuras emblemáticas do movimento neoconcreto, iniciam a década de 1960 buscando reformular a relação entre espectador e obra de arte, os artistas da vanguarda neofigurativa trazem o cotidiano para a arte, interessando-se por temas populares, servindo-se de materiais banais e apropriando-se de imagens midiáticas.

A decretação do AI-5, em 1968, provoca uma verdadeira fratura no cenário artístico e intelectual brasileiro, levando diversos opositores do regime à prisão ou ao exílio.

Jovens artistas reagem à tensa conjuntura política procurando driblar a censura por meio de proposições efêmeras, mas de grande potencial critico. Este curso abordará estes assuntos por meio da análise de obras e discussão de textos de críticos de arte atuantes no período.

14/1 - Entre bichos e parangolés: algumas reflexões sobre o neoconcretismo.
O debate entre concretos e neoconcretos; a atuação de Mário Pedrosa e Ferreira Gullar em defesa da arte abstrata de caráter construtivo; atualização artística e afirmação cultural; a crise da pintura de cavalete e a teoria do não-objeto; arte e participação do público; a arte como potência de transformação de comportamentos.

15/1 - Arte engajada e transformação social: a nova figuração brasileira.
As exposições de vanguarda como arena política; o retorno à figuração e a relação entre arte e vida quotidiana; a irreverência como forma de contestação; Ferreira Gular e sua defesa da cultura popular; vanguarda e subdesenvolvimento; o espectador como participador; a representação do espaço privado e o uso do espaço público; as manifestações coletivas e o corpo na arte.

16/1 - Arte e ditadura militar no Brasil. O artista como "guerrilheiro".
Arte e experimentalismo diante da censura; Frederico Morais e a noção do artista como um "guerrilheiro"; arte conceitual e conceitualismo na América Latina; a crítica à ideia de arte como mercadoria; arte pública e proposições efêmeras; a crença no poder revolucionário das manifestações artísticas dos países subdesenvolvidos.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

Se você necessita de recursos de acessibilidade, como tradução em Libras, audiodescrição, entre outros, solicite por e-mail ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade. centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600

(Arte: Cildo Meireles)

Palestrantes

Maria de Fátima Morethy Couto

Maria de Fátima Morethy Couto

Doutora em História da Arte e Arqueologia pela Universidade de Paris I, Pantheon- Sorbonne. É professora titular na Unicamp.
(Foto: Acervo Pessoal)

Data

14/01/2019 a 16/01/2019

Dias e Horários

Segunda a Quarta, 19h às 21h30.

As inscrições podem ser feitas a partir de 19 de Dezembro, às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

R$ 15,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 25,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 50,00 - inteira