A escola e o terreiro: diversidade e educação antirracista em pauta

A proposta desse minicurso é pensar uma educação anti-racista para os Direitos Humanos, partindo dos terreiros de Candomblé e da convivência com crianças e jovens. 

 

Durante a pesquisa de mais de 20 anos, Stela Guedes aponta para o preconceito contra as religiões de matrizes africanas, mesmo passados 10 anos da promulgação da Lei 10.639, que torna obrigatório nas escolas o estudo da história e cultura afro-brasileira, sendo ainda comum ouvir a respeito da dificuldade de sua implementação. Um dos aspectos preocupantes encontra-se no fato de que a escola é o principal lugar desse e de outros tipos de discriminação. Todos os alunos e alunas entrevistados que já frequentam o espaço escolar são unânimes ao afirmar: "A escola é o lugar que mais discrimina". 

 

Por outro lado, com essas mesmas crianças e jovens será evidenciado o terreiro como espaço de circulação de conhecimentos, de saberes e de aprendizagens, no qual tudo aprende e ensina - histórias (itan), ritos, línguas, comidas, artefatos, canções, folhas, etc. - nos aproximando de aspectos da África e do Brasil, mas também de um modo de conviver e partilhar.

 

Compreendendo que a educação não muda sozinha essa complexa realidade, mas ocupa um papel central para sua transformação, o objetivo desse minicurso é contribuir com a formação de profissionais e de todos os que se preocupam com uma educação que seja multicultural, crítica e seja atuante no combate ao racismo e à intolerância religiosa.

 

(Foto: Stela Guedes Caputo)

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.