A invenção de Florianópolis como cidade turística
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Inicialmente considerado como a atividade redentora do crescimento econômico e urbano de Florianópolis, o turismo foi sendo instituído como uma verdade para a cidade.
De um projeto restrito aos gabinetes de governantes na década de 1970, o turismo passa, nas décadas de 1980 e 1990, a compor os interesses do empresariado em formação, emergindo como a "vocação" da cidade. Ultrapassando a esfera da economia, o turismo passa a organizar um conjunto de regras sobre formas de ver e de enunciar a cidade, a orientar os significados sobre sua paisagem e diretrizes urbanísticas e econômicas e a compor conflitos socioambientais que se espalham pela cidade.
Recentemente, já legitimado como parte da identidade da cidade, o turismo passa a compor o projeto de elitização de Florianópolis, sendo mais um motivo de acirramento da segregação socioespacial em curso.
Com o objetivo de investigar o processo de invenção de Florianópolis como cidade turística, foram analisadas as relações de poder e a construção discursiva em torno do turismo na cidade, explorando as condições históricas de emergência e transformação das práticas, instituições e estratégias discursivas, por meio de narrativas midiáticas, além da legislação urbana e turística. Esse conjunto de produções discursivas tramadas às relações de poder compõe a paisagem de Florianópolis e participa da invenção da cidade turística.
Palestrantes
Maria Helena Lenzi
Mestra em Geografia pela UFSC e doutora em Geografia Humana pela USP. (Foto: Acervo Pessoal)
Data
31/01/2017 a 31/01/2017
Dias e Horários
Terça, 10h30 às 12h30
As inscrições podem ser feitas a partir de 21 de dezembro às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.