Coleta de dados relacionais no Facebook
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Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
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As plataformas de mídias sociais são grandes laboratórios de dados disponíveis para pesquisas acadêmicas na área de ciências sociais. Facebook e Twitter abriram uma série de possibilidades para estudos de cunho empírico com informações geradas espontaneamente pelos usuários e organizações. Contudo, como planejar e executar projetos de mineração de dados destes sites?
Uma saída recorrente é procurar softwares de monitoramento e opções gratuitas na internet.
No entanto, frequentemente não sabemos como estes dados são coletados e processados antes da entrega. Isso pode enviesar as amostras ou mesmo diminuir as possibilidades de investigação. Os métodos digitais desenvolvem abordagens e desenhos de pesquisa específicos para corpus criados no ambiente online, com a finalidade de contornas essas limitações.
A coleta de informações nestes espaços segue instruções e critérios próprios, em permanente negociação com as políticas empresariais das plataformas. Ter conhecimento da economia política por trás do Facebook e de técnicas de mineração de dados é fundamental para controlar as etapas e elaborar pesquisas empíricas consistentes.
Conteúdo programático
A lógica da comunicação em rede. Multiplicação das fontes no ecossistema informacional. Métodos digitais. A virada computacional nas ciências sociais.
Economia política das plataformas. A arquitetura informacional das mídias sociais - orientação a IDs. O que são APIs?
As documentações das Application Programming Interfaces (APIs) do Facebook. Como lidar com o versionamento. Rate limits. O que são metadados e como ajudam a minha pesquisa? Elaboração de queries e requisição de dados. Objetos coletáveis e não-coletáveis.
O processo de mineração de dados. Técnicas de amostragem. A abordagem relacional de coleta. Mapeamento de fan-pages. Amostragem por bola de neve.
Acesso a metadados das postagens. Análise de fluxo de dados. Coleta avançada sem programação. Tratamento e manipulação de dados. Como ir além das limitações das plataformas. Importação de redes no Gephi.
Metodologia
Exposição teórica dos conceitos.
Estudos de caso da literatura especializada recente.
Leitura comentada das APIs do Facebook.
Operação de ferramentas.
Atividades práticas de coleta e tratamento de dados.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
(Foto: Divulgação)
Palestrantes
Marcelo Alves dos Santos
Doutorando em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), sócio-diretor da startup Vértice Inteligência e pesquisador do Laboratório de Mídia e Democracia (LAMIDE). Lecionou a disciplina Monitoramento de Redes Colaborativas no curso de graduação em Estudos de Mídia da UFF. Tem artigos publicados na Information Communication & Society e no livro "Monitoramento e Pesquisa em Mídias Sociais". Está entre as 100 referências indicadas pelo Instituto Brasileiro de Análise de dados (IBPAD). Pesquisa temas relacionados à Comunicação Política nas mídias sociais, com foco nos processos metodológicos, ciência de dados, campanhas eleitorais, difusão de informações e redes de movimentos sociais.
(Foto: Acervo Pessoal)
Pré-requisito
Nenhuma habilidade específica é requerida.
Material
Notebook com Facepager, Excel (Office ou Libre) e Gephi instalados e funcionando.
Data
06/07/2017 a 07/07/2017
Dias e Horários
Quinta e Sexta, 10h às 17h
As inscrições podem ser feitas a partir de 27 de junho às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.