Cowboys do asfalto: música sertaneja e modernização brasileira

Programa

Em 1971 Tonico & Tinoco elogiaram os militares cantando os versos “Um governo varonil/ [...]/ vamos pra frente Brasil”. Zezé Di Camargo acusava os sertanejos universitários de “mentira marqueteira”, mas depois disse que não há diferença entre seu estilo e o deles. Nelson Pereira dos Santos, pai do Cinema Novo, dirigiu um filme sobre Milionário & José Rico. O sertanejo Dalvan teve papel importante na primeira eleição de Lula como deputado federal. Chrystian & Ralf eram fãs de Led Zeppelin e Metallica. Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo e Sula Miranda apoiaram Collor quando a sociedade brasileira pedia seu impeachment. Caetano Veloso produziu e gravou a trilha sonora de 2 filhos de Francisco. Maria Bethânia gravou “É o amor”, e foi patrulhada por imprensa e fãs. Michel Teló precisou se transformar em sucesso internacional para conseguir fazer um show no Rio de Janeiro. Cowboys do asfalto é mais do que um livro sobre música sertaneja. As histórias e as polêmicas recuperadas em "Cowboys do asfalto: música sertaneja e modernização brasileira" transformam-se no perfeito cenário para retratar as transformações ocorridas no Brasil, do interior às capitais, nos últimos 50 anos. Muito além de mudanças políticas, descobrimos como a percepção de bom e mau gosto tem sido construída por artistas, universidade e mídia. Afinal, a quem interessaria manter por décadas a MPB e a música caipira distante dos sertanejos? E por que o sertanejo universitário causa horror aos ouvidos mais sensíveis?"

(Foto: divulgação)

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

Palestrantes

Gustavo Alonso

Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Música da UFPE. Doutor em História pela UFF. Autor de "Cowboys do Asfalto: música sertaneja e modernização brasileira" (2015), tese publicada pela editora Civilização Brasileira.
(Foto: Editora Record)