Atividades

Trajetórias cruzadas entre o jornalismo e a literatura

Dupla Jornada - Escritores entre as Redações de Jornais e os Livros

Voltar para o início Dupla Jornada - Escritores entre as Redações de Jornais e os Livros

Programa

Diversos escritores brasileiros exerceram simultaneamente o jornalismo e a literatura, sendo que vários deles escreveram em jornal por serem esses veículos meios para terem seus trabalhos levados ao conhecimento do público. Eram comuns os casos de autores que se tornaram famosos pela publicação de folhetins. Muitos trabalharam em jornal por necessidade de sobrevivência e inúmeros autores que se tornaram famosos iniciaram suas atividades no jornalismo.

13/03 - Jornalista por necessidade
Pode-se dizer que Graciliano Ramos começou no jornalismo ainda no colégio, em Viçosa, Alagoas, quando com seu colega Cícero de Vasconcelos fundou o jornalzinho O Dilúculo. Nos anos 1910 foi tentar a sorte no Rio de Janeiro, onde conseguiu o emprego de revisor, no Correio da Manhã. No final dos anos 1930, depois de preso pela ditadura do Estado Novo, colaborou com vários jornais do Rio, para sobreviver. Escrevia contos, como foi o caso de "Baleia", que mais tarde integraria o livro Vidas secas. Foi redator do Correio da Manhã até o fim da vida.
Com Ricardo Ramos Filho


20/03 - O escritor das quebradas
João Antônio Ferreira Filho, jornalista e escritor, ficou famoso, principalmente como contista, autor de histórias, contos-reportagens sobre a marginalidade, um intérprete do submundo. Foi descoberto pelo escritor Ricardo Ramos na periferia do bairro da Lapa, em São Paulo. Nas "quebradas" como ele costumava dizer. Alguns de seus livros: Abraçado ao meu rancor, Malagueta, Perus e Bacanaço e Leão de chácara.
Com Ricardo Ramos Filho.

27/03 - Nelson Rodrigues e a tragédia moral da classe média
Nelson Rodrigues, pernambucano, era filho de Mário Rodrigues, mais conhecido como Mário Filho, o homem que deu nome ao Maracanã. Mudaram-se do Recife para o Rio de Janeiro. Nelson cresceu no jornal A Manhã, que era de seu pai; passou para a Critica, foi para o Globo, em seguida Diários Associados e finalmente Última Hora. Atuou como repórter policial, geral e esportivo. Criou uma crônica esportiva diferenciada, ao lado das crônicas comuns, intituladas A Vida Como Ela é...  em que mostrava a tragédia moral da classe média. Infatigável, prolífico, celebrizou-se, enfim, como teatrólogo com peças como Vestido de Noiva, A Falecida, Toda Nudez Será Castigada, Boca de ouro. A vivência jornalística moldou seu estilo de escrever e seus temas.
Com Ignácio de Loyola Brandão.

03/04 - A Redação da vida de Mário Quintana
Como foi a vida do poeta na redação do Correio do Povo, iniciada no começo dos anos 50 e que se prolongou por décadas? Reflexão e depoimentos de quem acompanhou de perto a dupla jornada de Quintana entre o jornal e a poesia.
Com Carlos Moraes.

10/04 - Carlos Drummond de Andrade: o jornalista e o cronista
Para surpresa de muitos, o poeta Carlos Drummond de Andrade costumava dizer que gostaria mesmo é de ter sido jornalista, ofício que, ao longo de décadas, exerceu intermitentemente. Mesmo quando longe das redações, ele foi um atento e apaixonado observador dos homens, das coisas e dos acontecimentos de seu tempo - matéria-prima das milhares de crônicas que nos legou, boa parte das quais conserva, ainda hoje, não só frescor literário, mas também inestimável valor documental.
Com Humberto Werneck.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600

(Ilustração: Music and Literature, de William Harnett - Domínio Público)

Palestrantes

Carlos Moraes

Carlos Moraes

Formado em filosofia, teologia e jornalismo. Trabalhou na revista Realidade e foi editor de Ícaro. Recebeu o Prêmio Jabuti na categoria infantojuvenil.
(Foto: Acervo Pessoal)

Ignacio de Loyola Brandão

Ignacio de Loyola Brandão

Jornalista e escritor e tem 44 livros publicados, entre romances, crônicas, contos, viagem, infantis. Recebeu da Academia Brasileira de Letras o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra.
(Foto: Ministerio da Cultura - Feira de Frankfurt 2013 CC BY 2.0)

Ricardo Ramos Filho

Ricardo Ramos Filho

Escritor, com livros editados no Brasil e no exterior, publicados em Portugal e nos Estados Unidos. Professor de Literatura nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Doutorando em Letras no Programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde desenvolve pesquisa sobre Graciliano Ramos, privilegiando o olhar sobre seus textos escritos para crianças e jovens.
(Foto: Sintra)

Data

13/03/2018 a 10/04/2018

Dias e Horários

Terças, 19h às 21h

As inscrições podem ser feitas a partir de 22 de fevereiro às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.

Valores

R$ 18,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 30,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 60,00 - inteira