Estéticas das Periferias - mulheres tomam conta
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Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
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A edição 2017 do ciclo de debates terá como tema a presença da mulher na cultura da periferia. As mesas pretendem enfatizar a produção cultural feminina, evidenciando as novas formas de expressão e produção cultural decorrentes da ampliação da presença das mulheres na cena cultural da periferia de São Paulo. A questão de gênero estará no centro dos debates. Dentre as discussões estará o universo trans e suas contribuições com novas formas de se pensar e produzir nas artes. A dimensão racial ocupa um lugar de destaque também dado o perfil da maior parte das debatedoras que afirmam sua condição de mulher negra, explorando esteticamente essa identidade.
Com mediação de Dayane Fernandes.
29/08 - Mulheres no Funk: protagonismo e autonomia
Até meados dos anos 2000 as narrativas do movimento Funk traziam, principalmente, as perspectivas masculinas, sendo a cena composta basicamente por MCs homens. Embora o funk não seja o único estilo musical no qual o machismo é refletido em sua poética, suas músicas são tidas pelo senso comum, hoje, como a expressão na qual essa questão se evidencia ao colocar as mulheres num lugar de subalternidade e sexualização exacerbada. Nos últimos tempos essa relação de subordinação tem sido tensionada com a visibilização de mulheres na cena do Funk que trazem a público o domínio sobre suas decisões e, principalmente, seus corpos. Como se dá a presença e circulação de mulheres no Funk? Quais são suas reivindicações e como se da sua emancipação nesses espaços?
Com Renata Prado e MC Dricka.
30/08 - Mesa 2 – Gênero e sexualidade em discussão: resistências e avanços
Muito tem sido falado sobre a crescente onda conservadora e fundamentalista das últimas décadas e os desdobramentos dessa situação para a sociedade como um todo, mas especialmente como isso atinge as minorias. Apesar do fortalecimento de visões conservadoras, alguns avanços foram conseguidos nos debates sobre questões de gênero, raça e sexualidade. A juventude LGBT tem ocupado espaços manifestando suas personalidades e afetividades, trazendo contestações, questionamentos e tensionamentos, além de suas demandas por respeito e direitos. Esse movimento tem se dado não só nos circuitos centrais, mas também nas “quebradas” da cidade. Como se dá essa disputa por espaços simbólicos e subjetivos, mas também (ou por isso mesmo) políticos? Como as artes produzidas nas periferias podem contribuir para as discussões sobre essas questões?
Com Linn da Quebrada e Tiely Queen.
31/08 - Slam: as mulheres dominam a cena
Nas últimas décadas os saraus realizados nas periferias da cidade aumentaram significativamente e, com eles, a literatura marginal ganhou impulso e maior visibilização. Muito próximo aos saraus e em forte relação com estes surgem, a partir dos anos 2000, os campeonatos de poesias, conhecidos como slams. Embora sejam espaços de fortalecimento e visibilidade de vozes historicamente abafadas, a participação e produção das mulheres ainda enfrentam dificuldades e resistências. Como as mulheres desse circuito têm se mobilizado para furar barreiras e construir espaços? Como suas artes e ações contribuem para a construção de discursos contra-hegemônicos não só sobre as representações sobre as periferias de um modo geral, mas também sobre questões de gênero, raça e sexualidade?
Com Luz Ribeiro e Mel Duarte.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
(Foto: Vinícius Depizzol)
Palestrantes
Linn da Quebrada
Funkeira e rapper, ativista dos direitos trans e moradora e ativista da periferia na Grande São Paulo.
(Foto: Acervo Pessoal)
Dayane Fernandes
Cientista social. Mestranda em Ciências Sociais pela UNIFESP, tendo como projeto pesquisar a produção cultural de mulheres das periferias da cidade de São Paulo.
Renata Prado
Formada em Pedagogia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Idealizadora e Articuladora Nacional da Frente Nacional de Mulheres no Funk, Dançarina/coreógrafa e Professora de Funk, idealizadora do projeto Academia do Funk e ativista da organização política Coalizão Negra Por Direitos.
(Foto: Acervo Pessoal)
MC Dricka
Canta funk há 7 anos. Integra a produtora de funk Gr6 eventos.
Tiely
Artista, cineasta, cantor/rapper, escritor, dançarino, batuqueiro. Fundador da inciativa "Hiphop Mulher".
Mel Duarte
Poeta, slammer e produtora cultural formada em comunicação social, atua com literatura independente desde 2006.
Luz Ribeiro
Participante de saraus e slam's da cidade de São Paulo. Autora dos livros: “Eterno contínuo” (2013), “Espanca” e “Estanca”.
Data
29/08/2017 a 31/08/2017
Dias e Horários
Terça a Quinta, 16h30 às 18h30. As inscrições podem ser feitas a partir de 25 de julho às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.