Atividades

Atividades econômicas informais e ilegais na fronteira do Brasil

Fluxos de brasileiros pela fronteira

Voltar para o início Fluxos de brasileiros pela fronteira

Programa

O presente ciclo analisará o fluxo de brasileiros que cruzam as fronteiras com outros países da América do Sul em busca de melhores condições de vida. Se alguns estão em permanente trânsito, outros migram definitivamente. Algumas atividades encontram-se no âmbito da informalidade e muitas, no limite da legalidade. Se por um lado este fluxo aumenta os intercâmbios econômicos e culturais com os povos vizinhos, por outro lado acarretam em conflitos com graves consequências políticas, ambientais e sociais.

13/08 – O narcotráfico transfronteiriço
A aula abordará a vigilância  incompleta e a presença de má qualidade das forças de combate aos ilícitos em áreas de fronteira dos países amazônicos (Bolivia, Brasil, Colombia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela); perspectivas do multilateralismo no combate ao crime organizado; políticas de cooperação e a globalização dos ilícitos;  a cocaína, o produto sul americano com valor agregado  mais exportado e suas consequências econômicas, políticas e sociais; o histórico das drogas: impactos da repressão e da legalização.

Com Argemiro Procópio.

20/08 – Entre Laranjas e muambas: o circuito sacoleiro revisitado
O circuito sacoleiro ganhou destaque nacional no final do século XX, momento em que milhares de pessoas estavam envolvidas na comercialização das mercadorias negociadas no comércio paraguaio e um imaginário sobre a fronteira começava a ser amplamente difundido. Contudo, cruzar a fronteira para passar mercadorias não é um fenômeno particular, ele é observado nas mais diferentes fronteiras internacionais e nos mais diferentes momentos históricos. Logo, nos cabe perguntar: o que movimenta estes fluxos? O que determina suas variações e oscilações? Quais as consequências para as comunidades locais e para a sociedade nacional? Para responder tais perguntas é necessário deslocamos a fronteira do seu local habitual de análise, retirando-a da margem do território para relacioná-la com dinâmicas sociais, políticas e econômicas mais amplas, em um movimento histórico e socioantropológico.

Com Eric Cardin.

25/08 – A identidade “brasiguaia”: mobilidades e informalidades na fronteira com o Paraguai
A quantidade de brasileiros no Paraguai se constitui na mais expressiva imigração de brasileiros para um país vizinho. A estimativa do Itamaraty em 2013 era de 459.760 imigrantes brasileiros e descendentes vivendo na república paraguaia. Essa imigração se intensificou a partir da década de 1970, período da colonização agrícola do leste do Paraguai. Os objetivos da aula são: 1) discutir os sentidos situacionais da identidade brasiguaia no Paraguai e no Brasil; 2) abordar as situações de trabalho informal vivenciadas por esta população fronteiriça; 3) refletir sobre a fragilidade da cidadania e as táticas para conseguir direitos e benefícios sociais entre dois territórios nacionais.

Com José Lindomar Coelho Albuquerque.

27/08 – Garimpo e aspectos pluriétnicos da fronteira com a Guiana
Nesse evento será apresentada a conjuntura atual dos grupos sociais que habitam a região de fronteira da Guiana com o Brasil, com destaque para os trabalhadores do garimpo. A ideia é demonstrar que naquela região há uma história sobre a exploração do garimpo que do lado da Guiana representa umas das atividades de sobrevivência dos povos da fronteira. E se pensarmos a partir do Brasil, remonta a origem do estado de Roraima. Nesse viés fronteiriço muito há o que discutir sobre “povos de fronteiras” ou trabalhadores de uma das atividades econômicas mais marginalizadas, o garimpo. Os garimpeiros apresentam conflitos pertinentes à sua condição de identidade étnica, gênero e de nacionalidade. O porquê da importância dessa discussão está relacionado ao trânsito interétinico de pessoas, bens culturais e dividendos econômicos naquela região. A Guiana e o Brasil se enlaçam por uma fronteira geopolítica que aproxima o Brasil dos países caribenhos, tendo a Guiana como intermediária, o que nos proporciona uma condição importante no cenário político quando a discussão relaciona-se a exploração dos recursos naturais das duas regiões que estabelecem os marcos da fronteira: a região 09 (Gy) e a região norte (Br).

Com Mariana Pereira.


As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição. 


(Imagem ilustrativa: José Lindomar Coelho Albuquerque)

Palestrantes

Argemiro Procópio

Argemiro Procópio


Professor Titular Aposentado em Relações Internacionais da UnB. Concluiu o Doutorado na Universidade Livre de Berlim. Lecionou na Universidade de Varsóvia, Polônia, e na Universidade Livre de Berlim em 2010. (Foto: Acervo pessoal)


 

Eric Cardin

Eric Cardin

Doutor em Sociologia pela UNESP. Professor dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais e em Sociedade, Cultura e Fronteiras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. (Foto: Acervo pessoal)

 

José Lindomar Coelho Albuquerque

José Lindomar Coelho Albuquerque

Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Professor do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pesquisador nas áreas de fronteiras nacionais e migrações internacionais. (Foto: Acervo pessoal)

 

Mariana Pereira

Mariana Pereira

Doutora em Antropologia da América Latina e Caribe. Professora da UFG nas disciplinas: Cultura, Curriculo e Avaliação; Políticas Educacionais e Antropologia da Educação. (Foto: Acervo pessoal)

 

Bibliografia

PEREIRA, Mariana Cunha . RECONSTRUÇÕES IDENTITARIAS EM SOCIEDADES PLURAIS: OS POVOS DA FRONTEIRA BRASIL - GUIANA. Reflexão e Ação (Online), v. 18, p. 170-187, 2010. 

 

RODRIGUES, F. S. “La frontera dorada: brasileiros em busca de ouro na fronteira Pan-Amazônica”. In: Francilene dos Santos Rodrigues; Mariana Cunha Pereira. (Org.). Estudos Transdisciplinares na Amazônia Setenbrional: Fronteiras, Migração e Politicas Públicas. 1ªed., Rio de Janeiro: Letra Captial, 2012, v. , p. 26-42. 

Data

13/08/2015 a 27/08/2015

Dias e Horários

Quintas e Terça, 19h30 às 21h30.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo/SP

Valores

R$ 15,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 25,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 50,00 - inteira