J. Borges e a xilogravura do Nordeste

José Francisco Borges nasceu em Bezerros (PE), em 1935. Começou a trabalhar cedo, aos oito anos de idade, ajudando o pai na agricultura e na venda de produtos em madeira que ele mesmo fabricava.

 

Ainda na infância, apaixonou-se pelas histórias e pelas imagens impressas nos folhetos de cordel. Fonte de diversão e de informação numa época em que não havia televisão e em que o rádio era privilégio das famílias ricas, esses pequenos cadernos contavam com milhares de leitores. 

 

Aos 20 anos de idade, J. Borges começou a comprar e vender cordel nas feiras e praças da região. Aos 29, incentivado por um amigo, lançou seu primeiro trabalho: "O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina". O sucesso de vendas foi imediato. 

 

Com o passar do tempo, além de escrever os textos, J. Borges aprendeu a fazer gravuras ilustrativas e ficou conhecido como um dos mais importantes artistas do Nordeste. Os temas presentes em sua obra são diversos, variando da crítica social à “sacanagem”, como ele diz. O cangaço, o amor, a religiosidade, as manifestações populares, a política e as mulheres são alguns dos assuntos mais recorrentes.

 

Hoje, aos 79 anos, J. Borges é reconhecido como mestre da cultura brasileira. Em 2005, recebeu do estado de Pernambuco o título de Patrimônio Vivo. Neste encontro, o artista fala sobre o universo do homem do nordeste e de sua trajetória como mestre da cultura.

As inscrições podem ser feitas a partir de 29 de julho, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.

*Haverá tradução em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).

(Xilogravura: J.Borges)