Música caipira ou sertaneja? Apreciação, diálogos e reflexões
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Com a inserção da música típica do médio Tietê na indústria fonográfica em 1929 pode-se observar como esta tradição cultural paulista transformou-se durante as décadas, absorvendo novos padrões estéticos à medida que mantinha traços tradicionais.
Chamados de "caipiras", os primeiros fonogramas gravados por Cornélio Pires tinham um aspecto quase documental sobre a música do homem da zona rural paulista. Com sua inserção no mercado fonográfico, diversas transformações estéticas foram ocorrendo no segmento musical que lhe correspondia.
Posteriormente, foi empregado o termo "sertanejo" para denominar e acomodar a diversidade estética dos gêneros que estavam sendo gravados, a saber: a guarânia e a polca paraguaia, além do bolero e canção rancheira. Desde outrora, ambos os termos são utilizados inadvertidamente por músicos e público, sem deixar de expor os resíduos e tensões dicotômicas entre tradicional e contemporâneo, passado e futuro, rural e urbano, puro e impuro, o legítimo e falso etc.
De posse deste ângulo, busca-se problematizar a questão "música caipira ou sertaneja", mostrando sua movência no discurso midiático e dos principais atores, as duplas; que depois se faz reverberar na concepção e nas vozes de outros músicos e público, razão de intermináveis debates. Conscientes de que se trata de dois termos escorregadios, recorre-se a fontes documentais diversas, diluídas entre músicos amadores, locutores de rádio, jornalistas, sociólogos e, sobretudo, no repertório das duplas.
Para este encontro, à medida que se expõe o conteúdo do minicurso, não se abre mão do debate entre os participantes, pois entende-se que o saber também brota da experiência como se dá na tradição oral.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600
(Ilustração: Fábio Miranda)
Palestrantes
Fábio Miranda
Violeiro e educador. Mestre em Música pela ECA-USP. Tem dois álbuns autorais gravados: "Caravana Solidão" (2012) e "Chamamento" (2016), além de "Nonada" (2014) integrando a banda brasiliense Judas.
(Foto: Gustavo Serrate)
Data
17/11/2017 a 17/11/2017
Dias e Horários
Sexta, 19h30 às 21h30
As inscrições podem ser feitas a partir de 26 de outubro às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.