O Coração da Pauliceia Ainda Bate

Programa

Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
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Diferente do que acontece em grandes cidades de outros países como México, Itália, Inglaterra, Portugal, França, Alemanha, em São Paulo e sua região metropolitana os habitantes tem uma relação de distanciamento, indiferença e até de repulsa com o lugar em que vivem e trabalham.

Esse é um fenômeno que teve início na segunda metade dos anos 1960. Meio século nos separam de quando conhecíamos e amávamos o lugar em que vivíamos.

A palestra segue os passos trilhados pelo livro O Coração da Pauliceia Ainda Bate, de José de Souza Martins, que reúne 170 artigos, publicados ao longo de nove anos no jornal O Estado de S. Paulo, em que o autor expõe uma visão histórica e sociológica da cidade que resulta de 60 anos de pesquisa e de percurso de ruas e lugares da cidade.

São crônicas sobre o ontem que há no hoje da Pauliceia. Há nelas, portanto, uma proposta metodológica que é a de compreender a cidade não só como espaço, mas também como tempo que do espaço não se separa.

Nesse sentido, a cidade não é apenas nem principalmente o emaranhado de ruas que levam de um lugar a outro. Ela é também a poesia da memória que permanece nos traçados, nos recantos, nos lugares.

O autor abordará o método do "flâneur", o andarilho como pesquisador que em suas caminhadas vê o invisível que há sob o cinzento e barulhento do caos urbano.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

(Foto: Capa do livro "O Coração da Pauliceia Ainda Bate")

Palestrantes

José de Souza Martins

Sociólogo pela USP. É professor titular aposentado de Sociologia e Professor Emérito na USP. É membro da Academia Paulista de Letras. Tem 41 livros publicados. Há mais de 40 anos inaugurou aulas pelos cemitérios de São Paulo.
(Foto: German Lorca)