Por que ler “Alice no país das maravilhas” e “Através do espelho”?
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Programa
Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação no ato da inscrição, com no mínimo dois dias de antecedência da atividade.
Quais são as referências literárias, filosóficas, científicas, lógico-matemáticas, históricas e culturais que aparecem disfarçadas nos livros de Alice? O que há por trás do caráter eminentemente lúdico de ambas as obras?
“Aventuras de Alice no país das maravilhas” e “Através do espelho e o que Alice encontrou lá” são livros em que o material narrativo é manipulado pelo nonsense, sistema de significação cujo motor são as palavras. Lewis Carrol é um mestre no jogo de equilíbrio entre significados diversos. Sendo o próprio nonsense, aliás, um jogo, como nos lembra Deleuze, no mundo de Alice as emoções são rapidamente podadas e se transformam em humor.
Ao contrário do senso comum que afirma um sentido único, os paradoxos explorados pelo autor afirmam dois sentidos ao mesmo tempo. Assim, o tema das inversões/reversões em Alice (reversões de tamanho, reversões na ordem do tempo, reversões de proposições/reversões de causa e efeito) pode ser lido na chave do paradoxo da identidade infinita, que conduz à contestação da identidade pessoal de Alice, tema que atravessa as suas aventuras. Para Deleuze, a descida nas profundidades do poço dá lugar a movimentos laterais de expansão, isto é, a profundidade se converte em superfície, e os animais dão lugar a figuras de cartas, sem espessura. Eis o grande paradoxo chamado Lewis Carroll: se a superfície tem lá seus monstros (o Jabberwocky, o Snark...), ela também possui algumas profundidades...
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
(Ilustração: John Tenniel)
Data
20/03/2017 a 20/03/2017
Dias e Horários
Segunda, 14h30 às 16h30
As inscrições podem ser feitas a partir de 23 de fevereiro às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.