Por que ler São Bernardo, de Graciliano Ramos?
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Quais são as matrizes da violência social brasileira? Como os modos de subjetividade podem lidar com uma sociedade tirânica e opressora?
Os romances de Graciliano Ramos são a mais pura expressão da opressão e da dor, projetada, para evitar qualquer traço de mera dramaticidade, no movimento de uma ruptura estilística e formal.
A crítica concebe o realismo do autor como sendo de característica crítica, por meio do qual o herói se apresenta sempre como um problema, por não aceitar o mundo, nem os outros, tampouco a si mesmo.
"Creio que nem sempre fui egoísta e brutal.
A profissão é que me deu qualidades tão ruins. E a desconfiança que me aponta inimigos em toda parte! A desconfiança é também consequência da profissão", afirma Paulo Honório, o protagonista de São Bernardo, romance cujo foco narrativo em primeira pessoa mostra o nível de consciência de um homem que, ainda que já esteja em condições de colher os frutos de sua trajetória pessoal absolutamente bem-sucedida, não consegue se desvencilhar de toda a agressividade que adquiriu na convivência com um sistema tirânico e opressor.
O próprio ato de narrar está, então, atado no romance a uma frustração de base, que desregula em desfaçatez e violência.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600
(Foto: Capa do Livro São Bernardo, de Graciliano Ramos)
Data
06/10/2017 a 06/10/2017
Dias e Horários
Sexta, 10h às 13h
As inscrições podem ser feitas a partir de 27 de setembro às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.