“Proibidão”: crônica do cotidiano ou apologia ao crime?
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Durante os anos 1970, a MPB acostumou-se a uma linguagem de metáforas, por meio das quais compositores como Chico Buarque, Milton Nascimento e Caetano Veloso puderam fazer alusões à situação de um país no qual um serviço de censura impedia manifestações que o regime considerasse “subversivas”. Esse tipo de linguagem musical, obsoleto desde a extinção da censura, ainda hoje é tido como modelo do “político” em música. Em 2002, quando o funk carioca conhecia sua segunda onda de popularidade, com a emergência de um grupo de artistas da Cidade de Deus (Tati Quebra-Barraco, Deize Tigrona, Bondes do Tigrão, do Vinho, dos Havaianos etc.), Paulo Cesar de Araújo mostrava, no livro Eu não sou cachorro, não: música popular cafona e ditadura militar, que contestação não era privilégio de classe. Ao longo dos últimos anos, MCs de funk foram presos sob a justificativa de fazerem apologia ao tráfico de entorpecentes nas letras de seus funks, taxados de “proibidões”. O debate problematizará esse subgênero musical, analisando a sua história em São Paulo e no Rio de Janeiro, questionando seu processo de criminalização, os limites da liberdade de expressão e, essencialmente, de nossa própria democracia.
As inscrições podem ser feitas a partir de 29 de julho, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.
(Foto: Pixabay)
Palestrantes
Renato Barreiros
Carlos Palombini
Ph.D. em Música pela Universidade de Durham, professor de Musicologia na UFMG, professor colaborador do programa de pós-graduação em música da UNIRIO.
Bibliografia
Data
06/08/2014 a 06/08/2014
Dias e Horários
Quarta, 19h30 às 21h30.