Teatro de Sami Feder: espaço poético de resistência
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Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação no ato da inscrição, com no mínimo dois dias de antecedência da atividade.
Diretor de teatro judeu polonês que atuou no contexto do movimento de resistência artística e emocional sustentado por artistas, atores, diretores, autores e espectadores durante o período em que o nazifascismo dominou grande parte da Europa (1933-45). Estendo a análise para o período imediatamente após a liberação dos campos de concentração, especialmente o de Bergen-Belsen, por ser o Campo onde Feder permaneceu dias antes e 5 anos no final da Segunda Guerra. A relevância desta conversa está em resgatar e analisar o percurso e a atuação de Feder, que, por meio da arte teatral, aliada à música, literatura e poesia, buscou o exercício ético do acolhimento coletivo e da cidadania. O artista desenvolveu um teatro, pouco documentado devido às circunstâncias de reclusão e proibição e, ao mesmo tempo, de denúncia, crítica e reflexão subterrâneas durante a vigência do regime nazista. Mais tarde, com o fim da guerra, institucionalizou-se este teatro, com maior registro, criando-se a Companhia Kazet Theater, no Campo de deslocados DP Camp Bergen-Belsen (1945-50), onde a reabilitação e recuperação da dignidade humana tornou-se uma urgência frente ao desenraizamento e ao trauma. Ações intervencionistas como estas se propagaram pelas cidades ocupadas, guetos e campos de concentração, enquanto reação ao processo de desumanização sustentado pelo Estado nacional-socialista e países colaboracionistas. Posteriormente, significaram também uma forma de participar da reconstrução de uma identidade, de um povo, de uma cultura. Abrir a perguntas será uma forma de esclarecermos dúvidas e aprofundarmos o assunto.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
Palestrantes
Leslie Marko
Diretora de teatro, educadora e mentora pedagógica. Doutora em Estudos Judaicos e Árabes pela FFLCH-USP. Pesquisadora do LEER/ARQSHOAH. Docente da ESPM.
(Foto: Acervo Pessoal)
Bibliografia
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. Tradução Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
BOSI, Ecléa. O tempo vivo da memória. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
Data
24/05/2016 a 24/05/2016
Dias e Horários
Terça, 19h30 às 21h30
Local
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Bela Vista - São Paulo.
Valores
R$ 9,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 15,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 30,00 - inteira
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