Atividades

Ciclo reúne pesquisadores de literatura afro-brasileira para discutir a obra de três escritoras em três momentos distintos da história do Brasil.

Três escritoras em três tempos: Firmina, Carolina e Ana Maria

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Programa

06/07 – Maria Firmina dos Reis: A pioneira

Com a publicação de "Úrsula" em 1859, primeiro romance abolicionista de nossas letras, Maria Firmina dos Reis se inscreve como pioneira e precursora da literatura negra que iria despontar no século XX. A escritora maranhense polemiza com Hegel e demais porta-vozes do pensamento ocidental hegemônico no século XIX que desumanizava e reduzia o negro a mera força de trabalho braçal. 

Além de Úrsula, publicou os contos Gupeva (1871) e A escrava (1887), poesias, charadas/enigmas na imprensa local. 

Esquecida por décadas, nos últimos anos tem atraído o interesse de pesquisadores da área.

A palestra objetiva apresentar e debater os principais aspectos de sua obra.

 

Com Eduardo Assis Duarte


07/07 – Carolina Maria de Jesus: A escritora orgânica

 

A vida e obra de Carolina de Jesus têm sido sistematicamente revisitadas pela academia, por artistas, por ativistas e intelectuais que aceitaram o desafio de pesquisar sua trajetória e rever seus diários. A marca dos escritos de Carolina se fez representar no museu, nas bibliotecas, nos eventos culturais, no cinema, na literatura e também nas artes cênicas. Por isso, faz-se necessário revelar os contextos históricos e culturais da recepção da obra da célebre autora do livro Quarto de Despejo. 

Nesse encontro será discutida a escrita literária de Carolina Maria de Jesus, destacando sua produção diarística e a escrita ficcional. A obra, em conjunto, constitui uma morfologia da experiência marginal na modernidade, cujos eixos se concentram em duas estruturas problemáticas: a cidade e a escassez. A escrita da experiência e a experiência da escrita norteiam sua expressão autoral, pois a escritora estetiza a si, tornando-se autora, narradora e personagem de si mesma.

 

Com Flavia Rios. 

Com Fernanda R. Miranda. 

 

08/07 – Ana Maria Gonçalves: A intelectual diaspórica

É autora do romance de metaficção historiográfica Um defeito de cor cuja protagonista, Kehinde, faz da perda um mote para uma série de reflexões sobre família, lugar e identidades que contribuem significativamente para a releitura dos conceitos de memória e história presentes nos debates atuais.  

 

Com Cristiane Cortês. 

(Foto: Niels_Drie-boeken,-Vincent-van-Gogh-(1887)_CC-BY-SA-2.0)

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

Palestrantes

Eduardo Assis Duarte

Eduardo Assis Duarte

Doutor em Letras pela USP. Organizador da coleção “Literatura e Afrodescendência no Brasil: antologia crítica” (4 vol., 2011).

Fernanda R. Miranda

Fernanda R. Miranda

Doutoranda e mestre em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela USP.

Cristiane Cortês

Cristiane Cortês

Doutoranda em Literatura Comparada e mestre em Teoria da Literatura pela UFMG. Professora de Literatura e Língua Portuguesa do CEFET MG.

Data

06/07/2015 a 08/07/2015

Dias e Horários

Segunda a quarta, 15h às 18h.

Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar 
Bela Vista - São Paulo/SP

Valores

R$ 18,00 - credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 30,00 - pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 60,00 - inteira

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