Turismo e identidades-consumo
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Os planejadores turísticos transformam as práticas e os bens culturais em identidades-consumo. Estas são representações identitárias das cidades e dos seus residentes utilizadas como motivações para o deslocamento programado de grupos sociais que podem consumir elementos representativos do “outro”. As identidades-consumo são construídas a partir de um contexto, com fins específicos, vinculados diretamente ao seu objetivo central, o consumo. Tais construções são feitas por atores sociais que representam instituições públicas e/ou privadas e estão diretamente envolvidos com o mercado e o consumo de bens simbólicos. Independente da motivação central para o deslocamento turístico há consumo. Nas duas dimensões do consumo, a material e cultural, consumir as identidades-consumo é consumir o “outro”. Os turistas são levados a consumir o “típico”, o “característico”, o “autêntico” e o que é “único” de cada cidade. O consumidor no encontro com as identidades-consumo estranha, compara, absorve, descarta, filtra, percebe o quanto é diferente, reconhece-se nas práticas e celebra o jogo da “experiência”. Independente dos seus usos, no ato da compra, ciente que é um elemento representativo das identidades-consumo, o turista estará consumindo significações e sentidos produzidos pelo “outro” para ele. Com isso há um sentido cultural, econômico e simbólico no consumo.
As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do inicio da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.
(Foto: Pixabay)
Palestrantes
Denio Azevedo
Doutor em Sociologia (UFS) e professor do Nucelo de Turismo da UFS, onde coordena o Grupo de Pesquisa “Turismo e Identidades-Consumo: construções e usos dos atrativos turísticos na formação dos imaginários das cidades”. (Foto: Acervo pessoal)
Data
23/06/2015 a 25/06/2015
Dias e Horários
Terça a quinta, 15h às 18h.