Workshop internacional espaços de Memória e Cultura: territórios de conflito
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Haverá tradução simultanea de inglês e espanhol para português durante o Workshop.
Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600
Realizado em parceria com Museu da Pessoa e apoio do British Council, o workshop propõe que organizações culturais e de memória reflitam sobre o desafio de atuar em processos de transformação social, que envolvam diretamente as comunidades além da articulação com governos locais e outras parcerias.
Injustiças, emergências, crises, desastres, reparações são preocupações contemporâneas. Neste sentido, as instituições de memória têm recebido um chamado para ir além da representação do conflito para centrar-se em ações sociais concretas.
Há atualmente uma grande tendência dos museus em participar ativamente das questões políticas e culturais presentes nas sociedades. Reconhecendo sua capacidade em arquivar objetos, memórias e, principalmente, de criar narrativas significativas para seus públicos, muitos museus optam por problematizar grandes questões sociais e culturais. Concomitantemente, profissionais e teóricos têm proposto uma série de conceitos-chave para aprofundar reflexões neste campo, são alguns: "exposições polêmicas"¹, "memórias & trauma", "lugares difíceis"², "empatia", "contested histories"³.
Para além da representação mais comum de passados traumáticos (e muitas vezes presente), o workshop aprofundará as formas como as instituições, organizações e grupos sociais lidam com tais temas e discutirá estratégias potenciais para que as instituições possam assumir o papel de mediadoras de conflitos. Como as organizações atuam ou podem atuar na promoção ou manutenção de agenciamentos coletivos?
Quais são as práticas mais recentes de museus e instituições culturais para atuar coletiva e publicamente com denuncias de injustiças sociais? Qual o escôpo desta atuação em uma sociedade diversa e globalizada? Como as comunidades estão se apropriando de ações de memória, ou mesmo de musealização para afirmação e difusão de suas próprias narrativas e contextos sociais?
O workshop apresentará experiências relacionados a temas polêmicos tais como gênero e sexualidades dissidentes, afirmação étnica e racial, refugiados, memórias e ditadura, crianças e adolescentes marginalizados; memórias de massacres, desigualdade social e movimentos políticos. Ao longo do workshop também serão examinadas diversas metodologias e abordagens, incluindo o uso das mídias sociais e as recentes intersecções entre práticas sociais e memória. Além disso, serão exploradas uma série de questões tais como: Quais são os novos parceiros de organizações de memória e cultura hoje em dia?
Quais são os meios ou ferramentas existentes disponibilizadas à população ou aos profissionais da área que desejam defender papéis mais fortes das políticas culturais? Como é possível contribuir no apoio a uma causa pública? E, finalmente, quais são os indicadores de impactos especialmente relacionados aos direitos humanos?
Neste sentido, oito instituições de cultura e memória, que possuem como características a atuação direta com os temas propostos neste workshop, foram convidadas a participar das discussões ao longo da semana. São elas: a Casa do Povo, o Centro de Culturas Negras do Jabaquara, o Espaço Memória Carandiru, o Instituto Fazendo História, o Memorial da Resistência, o Museu Afro Brasil, o Museu da Diversidade e o Grupo Ururay – além do Museu da Pessoa e Trabalho Sociocultural com Refugiados no Sesc.
O trabalho de cada uma delas servirá de base para o desenvolvimento de reflexões pelos participantes do workshop, a partir das competências realizadas ao longo da jornada e do trabalho de campo.
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¹ Controversial exhibitions.
As inscrições poderão ser feitas de 27 de abril a 24 de maio. Os selecionado serão divulgados no dia 31 de maio e as inscrições deverão ser feitas entre 01 e 16 de junho.
O workshop acontece entre 03 a 08 de julho.
Inscrições
Enviar para o e-mail workshop2017@cpf.sescsp.org.br os seguintes dados:
Dados Pessoais
• Nome Completo
• RG ou CPF
• Data de Nascimento
• Endereço Residencial
• Telefones para contato
Currículo Vitae (2 páginas)
Carta de Motivação (1 página)
Baixe aqui o Programa completo.
Palestrantes
Karen Workman
Historiadora, formada pela Universidade Federal Fluminense, com pós graduação em Linguística na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fundadora e diretora- presidente do Instituto Museu da Pessoa desde 1991. Atualmente Integra o grupo de pesquisa Interdisciplinar de pós- graduação Diversitas – Humanidades, Direitos e outras legitimidades (USP -Universidade de São Paulo) e faz parte do Conselho do Center For Digital Storytelling, além de atual como colaboradora em storytelling collection do Wellbeing project. É fellow Ashoka desde 1999 tendo sido membro do Global Fellowship Team da Ashoka entre 2004 e 2008, com foco em estratégias de ampliação do impacto social e membro da rede de empreendedores sociais da Folha-Schwab . Foi editora e co- editora de várias publicações tais como História Falada: memória, rede e mudança social (2006), Tecnologia Social de Memória (2009), Transformações Amazônicas (2010) , Todo Mundo tem uma História para contar (2012), Quase Canções (2017) e Social Memory Tecnhology: Theory, Practice, Action (em parceria com Joanne Garde-Hansen –Warrick University - Routledge Publications House - 2016).
MathieuViau-Courville
Líder da área de pesquisa "Museus e sociedades criativas" na Fontys University Holanda. Sua pesquisa analisa as formas como os museus afetam a mudança social, incentivando a cidadania ativa, a participação e o engajamento, especialmente por meio de seu papel na manutenção da criatividade dentro das comunidades. Professor adjunto da Université de Lorraine - Metz, programa de mestrado em Artes e Indústrias Culturais, e faz parte do conselho da revista Museum International, publicada pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM).
(Foto: Acervo Pessoal)
Viv Golding
Professora sênior da Escola de estudos de Museus da Universidade de Leicester (ING) desde 2002. Eleita Presidente do Conselho Internacional de Museus de Etnografia (ICME - International Committee for Museums and Collections of Ethnography) em 2013. Tem vasta experiência em programas de educação em arte (1980-1992) e educação formal no Museu Horniman (1992-2002), assim como, diversas publicações sobre feminismo e ativismo antirracista. Suas recentes publicações são Museums and Innovations (2016), Museums and Truth (2014), Museums and Affect (2013), Museums and Communities (2013). Sua tese de doutorado teve como tema "Voices and Visibilities at the Museum Frontiers”.
Andrea Dias Vial
Diretora do Departamento dos Museus Municipais pela Prefeitura da cidade de São Paulo. Especializada em Museologia pelo MAE-USP, mestre em História Social pela USP e doutora em História Social pela mesma universidade, com doutorado sanduíche junto à University of Birmingham - UK, no Ironbridge International Institute of Cultural Heritage.
(Foto: Acervo Pessoal)
Regina Ponte
Coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico da Secretaria Estadual de Cultura.
(Foto: Acervo Pessoal)
Pré-requisito
Profissionais da área de museus, patrimônio, direitos humanos, cultura e educação; estudantes e pesquisadores de graduação e pós–graduação; ativistas e interessados no tema.
Data
03/07/2017 a 08/07/2017
Dias e Horários
Segunda a Sábado, 10h às 18h30
Inscrições Encerradas.