Tempo de trabalho e tempo livre: relações temporais no Brasil
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Programa
Apresentação da pesquisa Trabalho e Tempo livre, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base no Sistema de Percepção Social (SIPS), que colheu depoimentos de 3.796 pessoas residentes em áreas urbanas, das cinco regiões do país, e que discute questões como: se o trabalhador consegue se desligar das preocupações profissionais após o período de trabalho; se realiza outras atividades cotidianas; se o tempo dedicado ao trabalho compromete sua qualidade de vida; e a percepção a respeito da redução da jornada de trabalho. Serão debatidas as conexões entre os tempos de trabalho e os outros tempos sociais, como os relacionados à família, à religião, ao transporte, ao estudo, ao desporto, ao descanso etc, por meio da apresentação de referências teóricas envolvendo tempos cotidianos no Brasil contemporâneo e informações levantadas em estudos empíricos recentemente realizados.
Na atual sociedade brasileira, segundo os levantamentos realizados, há percepções comuns sobre as relações entre os tempos de trabalho e os outros tempos sociais:
- o tempo de trabalho remunerado afeta (de modo significativo, crescente e negativo) o tempo livre disponível das pessoas;
- isso ocorre não só por conta da extensão do tempo de trabalho, mas também por causa da “diluição” da fronteira entre tempo de trabalho e tempo livre (devido a mecanismos de prontidão/sobreaviso, a instrumentos de teletrabalho etc);
- isso afeta a qualidade de vida das pessoas, ao gerar cansaço, estresse e desmotivação; ao prejudicar as relações familiares e as relações de amizade; ao inviabilizar as atividades esportivas, educacionais e assim por diante;
- poucos realmente pensam em trocar de ocupação por conta disso – via de regra, a atitude básica é de “conformação” individual com a situação.
Essas e outras informações, destacadas da pesquisa e relacionadas às reflexões e estudos sobre o assunto, são o foco da atividade e estão apoiadas em recursos diversos de comunicação, como textos, gráficos, tabelas, filmes etc.
As inscrições podem ser feitas a partir de 24 de janeiro, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.
(Foto: Pixabay)
Na atual sociedade brasileira, segundo os levantamentos realizados, há percepções comuns sobre as relações entre os tempos de trabalho e os outros tempos sociais:
- o tempo de trabalho remunerado afeta (de modo significativo, crescente e negativo) o tempo livre disponível das pessoas;
- isso ocorre não só por conta da extensão do tempo de trabalho, mas também por causa da “diluição” da fronteira entre tempo de trabalho e tempo livre (devido a mecanismos de prontidão/sobreaviso, a instrumentos de teletrabalho etc);
- isso afeta a qualidade de vida das pessoas, ao gerar cansaço, estresse e desmotivação; ao prejudicar as relações familiares e as relações de amizade; ao inviabilizar as atividades esportivas, educacionais e assim por diante;
- poucos realmente pensam em trocar de ocupação por conta disso – via de regra, a atitude básica é de “conformação” individual com a situação.
Essas e outras informações, destacadas da pesquisa e relacionadas às reflexões e estudos sobre o assunto, são o foco da atividade e estão apoiadas em recursos diversos de comunicação, como textos, gráficos, tabelas, filmes etc.
As inscrições podem ser feitas a partir de 24 de janeiro, às 14h, pela Internet ou nas unidades do Sesc em São Paulo.
(Foto: Pixabay)
Palestrantes

André Gambier Campos
Mestre e doutor em sociologia pela FFLCH/USP, bem como pós-doutor em América Latina pelo Prolam/USP. Desde 2004, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), onde lida com vários temas relacionados ao mundo do trabalho.
Bibliografia
A pesquisa “Trabalho e Tempo livre” está disponível em nossa biblioteca virtual.
CARDOSO, Ana Cláudia. Tempos de trabalho, tempos de não trabalho: disputas em torno da jornada do trabalhador. São Paulo: Annablume/Fapesp, 2009.
DAL ROSSO, Sadi. O debate sobre a redução da jornada de trabalho. São Paulo: Abet, 1998.
DAL ROSSO, Sadi. Mais trabalho! A intensificação do labor na sociedade contemporânea. São Paulo: Boitempo, 2008.
DIEESE. Redução da jornada de trabalho: uma luta do passado, presente e futuro. São Paulo: Dieese, 2010 (nota técnica).
FRACALANZA, Paulo Sérgio. Redução do tempo de trabalho: uma solução para o problema do desemprego? Tese de doutoramento. Campinas: IE/Unicamp, 2001.
LEE, Sangheon; MCCANN, Deirdre; MESSENGER, Jon. Duração do trabalho em todo o mundo: tendências de jornadas de trabalho, legislação e políticas numa perspectiva global comparada. Brasília: OIT, 2009.
CARDOSO, Ana Cláudia. Tempos de trabalho, tempos de não trabalho: disputas em torno da jornada do trabalhador. São Paulo: Annablume/Fapesp, 2009.
DAL ROSSO, Sadi. O debate sobre a redução da jornada de trabalho. São Paulo: Abet, 1998.
DAL ROSSO, Sadi. Mais trabalho! A intensificação do labor na sociedade contemporânea. São Paulo: Boitempo, 2008.
DIEESE. Redução da jornada de trabalho: uma luta do passado, presente e futuro. São Paulo: Dieese, 2010 (nota técnica).
FRACALANZA, Paulo Sérgio. Redução do tempo de trabalho: uma solução para o problema do desemprego? Tese de doutoramento. Campinas: IE/Unicamp, 2001.
LEE, Sangheon; MCCANN, Deirdre; MESSENGER, Jon. Duração do trabalho em todo o mundo: tendências de jornadas de trabalho, legislação e políticas numa perspectiva global comparada. Brasília: OIT, 2009.
Bibliografia Complementar
CARDOSO, Ana Cláudia. Os tempos de trabalho na sociedade contemporânea: tensos, urgentes, intensos, flexíveis e incertos. Artigo apresentado no XI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho. Campinas: Abet, 2009.
CARDOSO, Ana Cláudia; CALVETE, Cássio da Silva; FERREIRA JR., José Inácio; COSTA, Luís Ribeiro. O Tempo de trabalho no Brasil: o negociado e o não negociado. Artigo apresentado no XII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho. João Pessoa: Abet, 2011.
DAL ROSSO, Sadi. Jornada de trabalho: duração e intensidade. Ciência e Cultura, SBPC, São Paulo, v. 58, n. 4, p. 31-34, out. 2006.
DIEESE. Redução da jornada de trabalho no Brasil. São Paulo: Dieese, 2006 (nota técnica).
DIEESE. Argumentos para a discussão da redução da jornada de trabalho no Brasil sem redução do salário. São Paulo: Dieese, 2008 (nota técnica).
DIEESE. Entendendo o movimento da jornada de trabalho semanal média. São Paulo: Dieese, 2008a (nota técnica).
DIEESE. Processo de mudança da jornada de trabalho em alguns países selecionados. São Paulo: Dieese, 2010a (nota técnica).
FONTOURA, Natália de Oliveira e BONETTI, Alinne. “Desiguais responsabilidades familiares de homens e mulheres”. In: CASTRO, Jorge Abrahão de et alli. Perspectivas da política social no Brasil. Brasília: Ipea, 2010.
CARDOSO, Ana Cláudia. Os tempos de trabalho na sociedade contemporânea: tensos, urgentes, intensos, flexíveis e incertos. Artigo apresentado no XI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho. Campinas: Abet, 2009.
CARDOSO, Ana Cláudia; CALVETE, Cássio da Silva; FERREIRA JR., José Inácio; COSTA, Luís Ribeiro. O Tempo de trabalho no Brasil: o negociado e o não negociado. Artigo apresentado no XII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho. João Pessoa: Abet, 2011.
DAL ROSSO, Sadi. Jornada de trabalho: duração e intensidade. Ciência e Cultura, SBPC, São Paulo, v. 58, n. 4, p. 31-34, out. 2006.
DIEESE. Redução da jornada de trabalho no Brasil. São Paulo: Dieese, 2006 (nota técnica).
DIEESE. Argumentos para a discussão da redução da jornada de trabalho no Brasil sem redução do salário. São Paulo: Dieese, 2008 (nota técnica).
DIEESE. Entendendo o movimento da jornada de trabalho semanal média. São Paulo: Dieese, 2008a (nota técnica).
DIEESE. Processo de mudança da jornada de trabalho em alguns países selecionados. São Paulo: Dieese, 2010a (nota técnica).
FONTOURA, Natália de Oliveira e BONETTI, Alinne. “Desiguais responsabilidades familiares de homens e mulheres”. In: CASTRO, Jorge Abrahão de et alli. Perspectivas da política social no Brasil. Brasília: Ipea, 2010.
Data
14/02/2014 a 14/02/2014
Dias e Horários
Sexta, 14h às 17h.
Local
Rua Pelotas, 141 - Vila Mariana
5º andar - Torre A
São Paulo/SP
Valores
R$ 6,00 - comerciários e dependentes
R$ 15,00 - usuários matriculados e dependentes, aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 30,00 - inteira
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