Humor que vai além do riso
Ciclo Humor, Sublimação e Alteridade
Woody Allen disse certa vez em um de seus filmes: “Você quer fazer um serviço realmente importante à humanidade? Conte piadas engraçadas”. A frase, tirada de Memórias data da década de 80, mas se mostra bastante atual. Parece que, quanto mais frenético se torna o ritmo de vida, mais valor se dá ao humor, essa válvula de espace da realidade.
É praticamente impossível dar uma definição eficiente ao que é humor. Ele se revela como uma multiplicidade de formas e usos que vão desde o chamariz a questões políticas e sociais, passando pela ridicularização e transgressão de costumes, valores e crenças, chegando a ser apontado como importante ferramenta de combate ao stress e ansiedade. Humor faz graça até com desgraça. Ai está uma questão polêmica: existem limites ao humor? E se existem, quais são?
O chamado “humor politicamente incorreto” ganhou destaque em tempos recentes e tem gerado inúmeras discussões acerca dos limites de fazer graça, do que pode ser considerado humorístico ou não e os conflitos gerados por esse tipo de humor. Paralelo a isso, a internet surge como grande palco virtual, e gera fenômenos como sites e canais de vídeos “politicamente incorretos” que reinterpretam questões do cotidiano, arrebatando milhares de fãs e alguns desafetos.
Discutir humor a partir de uma perspectiva sociológica é o que propõe o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc em São Paulo.
A unidade reúne, a partir do dia 15, um time de especialistas e humoristas para debater as mais diversas facetas do humor. Os encontros abordarão questões como origens do humor brasileiro, humor na televisão, humor judaico e o recente fenômeno do uso da internet para fazer humor. Dentre os palestrantes estão o cineasta Pedro Arantes e Pedro HMC, roteirista e produtor do canal Põe na Roda. O ciclo “Humor, sublimação e alteridade” tem inscrições abertas pelo site ou nas unidades do Sesc.
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