O Paranaense Elifas Andreato nasceu em 1946 e em 1965 resolveu trocar o torno mecânico pelos pincéis. E em seguida largou a montadora de automóveis na qual trabalhava para trabalhar em uma das mais importantes editoras do País. Lá participou da equipe de criação de inúmeras revistas de grande circulação nacional.
Na década de 70, Elifas foi figura importante da imprensa alternativa nacional, tendo participado da fundação de órgãos como Opinião, Argumento e Movimento. Nesse período tornou-se programador visual de peças teatrais e criou capas antológicas para grandes nomes da nossa MPB.
Nos anos 80 criou capas para discos de Chico Buarque, Toquinho, Clara Nunes, Paulinho da Viola, João Bosco, Egberto Gismonti, Martinho da Vila, Zeca pagodinho, entre outros.
Na década de 90 atuou na área editorial e foi responsável pelas coleções: MPB Compositores e História do Samba. Além de ter participado do Projeto Memória, criando exposições itinerantes sobre nomes como Monteiro Lobato, Rui Barbosa e Juscelino Kubitschek.
Em 2011, pelo conjunto da obra, recebeu o Prêmio Especial Vladimir Herzog, concedido a pessoas que se destacam na defesa de valores éticos e democráticos e na luta pelos direitos humanos. O reconhecimento, assim como a comenda da Ordem do Mérito Cultural, se junta a diversos prêmios que recebeu ao longo da carreira pela contribuição ao País, seja no campo artístico, político ou social.
Em 2012 Elifas recebeu uma encomenda da Comissão da Verdade: Um painel registrando cenas dos mais diversos tipos de torturas executadas pela polícia política no período compreendido entre 1964 e 1985. O artista foi além. Resolveu registrar em vídeo todo o processo de criação deste painel, que foi exposto no Congresso Nacional.
O documentário "A verdade ainda que tardia" tem a duração de 47 minutos e está disponível no Youtube.
Atualmente, entre diversas atividades, é diretor editorial do Almanaque Brasil, publicação mensal que circula nos voos da TAM e também programa televisivo exibido na TV Brasil e TV Cultura – ambos dedicados ao resgate da memória do País e dos grandes fatos e personagens da nossa história.
Em Julho de 2016 o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc promove a palestra Ilustrando Elifas Andreato na qual o artista bate um papo com o público e conta algumas histórias dos seus 50 anos de carreira.
Para maiores informações sobre a vida e a obra deste artista impar, acesse o site.
