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Território, cidade e ocupação urbana
Grupo Esparrama, uma janela aberta para a cidade

Território, cidade e ocupação urbana

O Grupo Esparrama é um velho conhecido de quem costuma caminhar pelo elevado João Goulart – o famoso Minhocão – aos finais de semana. Desde 2013, o grupo de teatro mantém uma relação estreita com as questões de território, cidade e ocupação urbana, quando passou a realizar apresentações teatrais da janela de um prédio com vista para o elevado.

Desta experiência com a cidade, o grupo iniciou o Projeto Navegar. Partindo  da questão sobre qual era o imaginário da criança sobre a cidade e de duas premissas – de que a infância é produtora de cultura e de que a experiência é uma ferramenta para a produção de conhecimento -, o grupo desenvolveu um grande trabalho que envolveu pesquisa cênica, excursões e incursões urbanas com grupos de crianças pelo território, a produção de exposições, material guia para a mediação dos professores e o espetáculo Minhoca na Cabeça.

O trabalho do Grupo Esparrama  é o tema do artigo “O Grupo Esparrama e sua experiência de mediação cultural: um encontro de imaginários”, publicado na Revista do Centro de Pesquisa e Formação Nº 8.

Ele é resultado da pesquisa das alunas Ana Cristina de Souza, Luciana da Conceição e Rosângela Barbalaco, na quinta edição do Curso Sesc de Gestão Cultural 2017 -2018.
Ao relatar o processo do Projeto Navegar, as autoras fazem uma reflexão sobre o (não) lugar da criança na cidade. Isto é, como a cidade não é pensada para ela. Contudo, ela é sujeito social e histórico participante da vida citadina. A criança é um  ator social capaz de vivenciar e produzir bens de cultura.

A partir daí, as autoras mostram como o Grupo Esparrama entendeu o protagonismo da criança enquanto participante social urbana - capaz de reconhecer e interpretar a realidade que a cerca -, se colocou no lugar de escuta e conseguiu discutir questões contemporâneas  como a especulação imobiliária, a falta de garantias de acesso pleno à cidade e dos usos dos espaços movidos pelos interesses privados.  Tudo isso utilizando o teatro como ferramenta de mediação entre a arte, a cidade e a infância.

Enquanto não podemos voltar a ocupar a cidade, o Grupo Esparrama continua realizando sua ação cultural através do seu canal no YouTube. O Centro de Pesquisa e Formação  convida o público a ficar em casa e prestigiar a #culturaemacao do Grupo Esparrama, que têm publicado  pílulas de riso e cuidado nas suas redes sociais.

Para conhecer e acompanhar o Grupo Esparrama, acesse seu canal no Youtube.

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